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Prefeito, esposa e traficantes são implicados em desaparecimento de estudantes no México

Casal teria tentado impedir que mobilização de alunos interferisse em ato da primeira-dama

Internacional|

Cartazes pedem a volta dos estudantes desaparecidos no México
Cartazes pedem a volta dos estudantes desaparecidos no México Cartazes pedem a volta dos estudantes desaparecidos no México

Um prefeito e sua esposa, em cumplicidade com um cartel criminoso, teriam planejado o desaparecimento de 43 estudantes no sul do México, em um caso que abalou o país e colocou dúvidas sobre a estratégia de segurança do governo.

O prefeito da cidade de Iguala, José Luis Abarca, e sua esposa, María de los Angeles Pineda, queriam impedir que uma mobilização de estudantes, em 26 de setembro, interferisse com um ato da primeira-dama, que ela faria como chefe de uma entidade de assistência a menores, disse na quarta-feira (23) o procurador federal Jesús Murillo.

O casal, que trabalhava em cumplicidade com o cartel Guerreiros Unidos e que também tinha o apoio da polícia municipal, ordenou que os estudantes fossem contidos ao virem em um comboio em direção a Iguala, que fica no Estado de Guerrero, após terem tomado ônibus para coletar dinheiro para a escola rural onde estudavam.

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“Foi uma repressão violenta por parte dos policiais de Iguala e Cocula, dirigidos pelo grupo delinquente mencionado, com intenção de dissuadir um grupo de pessoas a fazer presença no evento que o prefeito e sua esposa estavam celebrando naquela noite”, disse Murillo em uma coletiva de imprensa.

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O caso abalou o governo do presidente Enrique Peña Nieto, que até pouco tempo era elogiado internacionalmente por ter prosseguido com reformas econômicas e até há algumas semanas assegurava que a violência dos cartéis do narcotráfico estava diminuindo no México.

A Procuradoria Geral da República (PGR) emitiu uma ordem de prisão contra o prefeito, sua esposa e os chefes das polícias de Iguala e Cocula, informou Murillo. O paradeiro deles é desconhecido.

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Os Guerreiros Unidos são um dos vários grupos do crime organizado resultantes da divisão do antes poderoso cartel de Beltrán Leyva, cujo líder Arturo Beltrán Leyva morreu em um confronto com fuzileiros navais em dezembro de 2009.

O organização criminosa não apenas se dedica ao narcotráfico como também a sequestros e extorsões. Em Iguala, eles decidiam quem entrava para a polícia, disse Murillo.

Sidronio Casarrubias, detido na semana passada e líder dos Guerreiros Unidos, confessou que os policiais envolvidos entregaram os estudantes a seus capangas, e que seu principal tenente no começo do incidente acreditou que se tratava de integrantes de um grupo rival conhecido como Os Vermelhos.

Casarrubias indicou a mulher do prefeito como a principal operadora do grupo criminoso, segundo o procurador.

Os capangas levaram os desaparecidos em uma caminhonete branca rumo a um local onde uma semana depois foram encontradas diversas covas coletivas com 30 corpos, os quais, segundo as primeiras perícias, não pertencem aos estudantes.

No entanto, Murillo disse na quarta-feira que ainda faltavam resultados de provas realizadas pela equipe forense para saber com certeza se os restos mortais poderiam ser de algum estudante.

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