Rebeldes abatem avião militar da Ucrânia na véspera da posse do novo presidente
No próximo sábado (7) Petro Poroshenko tomará posse como presidente da Ucrânia
Internacional|Do R7
Separatistas pró-Rússia abateram um avião militar da Ucrânia durante combates na cidade de Slaviansk, no leste ucraniano, nesta sexta-feira (6), um dia antes da posse do empresário bilionário e pró-Europa Petro Poroshenko como presidente da Ucrânia.
Slaviansk é o epicentro de uma insurgência de dois meses no leste do país, cuja maioria fala russo, liderada por rebeldes contrários à deposição do ex-presidente Viktor Yanukovich, próximo de Moscou, e à formação de um governo pró-Ocidente em Kiev.
Os separatistas, operando no terreno de uma igreja de Slaviansk, também mataram um membro das forças especiais do Ministério do Interior ucraniano e feriram seriamente dois outros em um ataque com morteiros nesta sexta-feira, informou o ministério.
O autoproclamado prefeito da cidade, Vyacheslav Ponomaryov, disse que uma aeronave Antonov An-30 da inteligência foi derrubada a tiros.
“O avião foi atingido no centro da cidade. Aconteceu diante dos meus olhos. Foi uma visão maravilhosa. Os moradores que viram aplaudiram”, afirmou Ponomaryov à Reuters por telefone.
Um porta-voz da “Operação Antiterrorista” da Ucrânia confirmou a informação mais tarde, mas disse ser um avião modelo An-26 levando ajuda humanitária.
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O Exército ucraniano e o Ministério da Defesa não estavam disponíveis para comentários sobre os relatos. Um suposto vídeo do An-30 publicado no YouTube e em vários sites de notícias locais mostrou um avião mergulhando claramente de forma instável.
Uma fotógrafa em Slaviansk disse ter visto a aeronave, visivelmente em chamas, descendo lentamente, mas não a viu atingir o solo. Moradores disseram que os sons de bombas reverberaram por toda a cidade nesta sexta-feira.
Um separatista em Slaviansk afirmou à Reuters que houve tiroteios no centro da cidade e baixas, embora não soubesse dizer quantas.
Poroshenko está na França para as cerimônias do 70º aniversário do Dia D e se encontrou com líderes mundiais, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que nega as acusações de Kiev e do Ocidente de que Moscou está apoiando ativamente os separatistas.