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Responsáveis por desabamento em Bangladesh poderão pegar prisão perpétua

Governo do país anunciou que aumentará o salário mínimo e permitirá a criação de sindicatos no setor

Internacional|

Reshma Begum (foto) foi resgatada no último dia 10 de maio, após 17 dias sob os escombros
Reshma Begum (foto) foi resgatada no último dia 10 de maio, após 17 dias sob os escombros Reshma Begum (foto) foi resgatada no último dia 10 de maio, após 17 dias sob os escombros

A comissão de investigação do edifício de oficinas têxteis cujo desabamento causou a morte de 1.127 pessoas recomendou às autoridades de Bangladesh a acusarem de homicídio culposo — sem intenção de matar — os donos do imóvel e das fábricas, o que poderia acarretar em prisão perpétua, informou nesta quinta-feira (23) uma fonte oficial à Agência Efe.

O relatório de 400 páginas sobre o desabamento do edifício em Savar, cidade próxima a Daca, no último dia 24 de abril, atribui a tragédia à má construção do imóvel e à péssima qualidade dos materiais utilizados.

"Eles violaram todas as normas de construção do país", afirmou à Agência Efe Uddin Khandaker, funcionário do Ministério do Interior que dirige a investigação. O edifício foi idealizado como um centro comercial, mas acabou sendo usado industrialmente com maquinaria têxtil e geradores elétricos com várias toneladas de peso, cujas vibrações debilitavam as estruturas do imóvel, explicou Khandaker.

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Apesar de o edifício ter licença de construção para seis plantas, o dono do mesmo, identificado como Sohel Rã, o construiu com oito e, inclusive, estava construindo o nono. Além disso, os donos teriam obrigado os trabalhadores a entrarem no complexo, mesmo com uma interdição apresentada no dia anterior.

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Os donos do edifício e os proprietários das cinco oficinas têxteis, que já se encontram detidos, poderiam ser condenados a prisão perpétua caso sejam considerados culpados. A tragédia evidenciou as péssimas condições trabalhistas dos no setor têxtil e desencadeou uma série de medidas por parte das autoridades.

O governo do país anunciou que aumentará o salário mínimo e permitirá a criação de sindicatos no setor sem a permissão dos donos das fábricas, como era tipificado até agora na lei laboral. Inditex, H&M, PVH, Tchibo C&A e Primark, entre outras empresas que produzem no país asiático, se comprometeram a assinar um Acordo sobre Segurança e Contra Incêndios, promovido junto com o sindicato global UNI, para evitar novas tragédias deste tipo.

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