Síria desafia comunidade internacional a apresentar provas de ataque químico
Para regime, ação militar internacional serviria apenas aos interesses de Israel e da Al Qaeda
Internacional|Do R7
O regime sírio desafiou nesta terça-feira (27) a comunidade internacional a apresentar "qualquer prova" que comprove o uso de armas químicas por parte do exército e disse que uma ação militar internacional no país apenas serviria aos interesses de Israel e da Al Qaeda.
— O pretexto das armas químicas é falso e infundado. Desafio a que apresentem qualquer prova que comprove seu uso.
Durante uma coletiva de imprensa, Walid al Muallem, ministro sírio de Relações Exteriores, informou que a equipe de inspetores da ONU enviada à Síria adiou para quarta-feira (28) sua nova visita à zona do suposto ataque químico na periferia de Damasco em função de desavenças entre os grupos rebeldes.
— (Os inspetores) não puderam entrar hoje na zona de Muadamiyat al Sham porque os grupos armados não chegaram a um acordo entre eles sobre as garantias para proteger a equipe da ONU.
O ministro disse ainda que uma intervenção militar não enfraquecerá as capacidades militares da Síria em sua "guerra contra o terrorismo".
— Qualquer ação militar na região tem o objetivo de servir a Israel, e, em segundo lugar, ajudará os propósitos militares da Frente al Nusra, ligado à Al Qaeda. Todos estamos escutando os tambores da guerra em torno de Síria.
EUA acusam Assad por ataque químico na Síria e prometem uma “resposta”
O dirigente acusou o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, de "propagar informação falsa para a opinião pública" para justificar um eventual ataque. As forças armadas do Reino Unido preparam um "plano de contingência" para uma hipotética ação militar na Síria, indicou o governo britânico.
Um porta-voz de Downing Street (residência do primeiro-ministro) afirmou que o Reino Unido poderia adotar uma decisão sobre o conflito antes dos resultados da missão da ONU serem divulgados. O governo americano disse que exigirá que o regime sírio preste contas pelo que classificou de "inegável" uso de armas químicas contra a população civil, embora não confirmou se já decidiu por uma intervenção militar.
O que acontece no mundo passa por aqui
Moda, esportes, política, TV: as notícias mais quentes do dia