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Turquia, Irã e China continuam sendo os países que mais prendem jornalistas

No total, havia 211 jornalistas detidos até o dia 1 de dezembro, segundo o relatório do CPJ

Internacional|Do R7

Turquia, Irã e China continuam sendo os países que mais prendem repórteres e somam juntos mais da metade dos jornalistas na prisão no mundo em 2013, segundo um relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, em inglês).

O estudo divulgado nesta quarta-feira (18) em Nova York mostra uma queda do número geral de repórteres detidos (211 contra 232 em 2012) e destaca que na América Latina não há nenhum jornalista detido e que o único registrado em todo o continente americano encontra-se nos Estados Unidos.

A lista dos dez países com mais repórteres detidos inclui — além de Turquia, Irã e China —, Eritreia, Vietnã, Síria, Azerbaijão, Etiópia, Egito e Uzbequistão, segundo um comunicado do CPJ.

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No total, havia 211 jornalistas detidos até o dia 1 de dezembro, segundo o relatório do CPJ, que não contabiliza muitos repórteres detidos e libertados ao longo do ano.

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Apesar da queda em relação a 2012, este ano "é o segundo pior" do qual se tem registro, segundo o Comitê. O anterior pior ano desde 1990, quando este estudo começou a ser realizado, foi 1996, com 185 jornalistas na prisão.

"Pelo segundo ano consecutivo, a Turquia liderou a lista de países com maior número de jornalistas presos, seguida de perto por Irã e China", afirma o estudo, declarando que estes três países "têm mais da metade de todos os repórteres detidos no mundo em 2013", ou seja, 107 sobre 211.

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Na Turquia (40 contra 49 em 2012) e no Irã (35 em vez de 45), os números caíram, enquanto na China permanecem estáveis (32). O número de jornalistas detidos aumentou em Vietnã, Etiópia, Bahrein e Somália.

"Embora seja perturbador observar um aumento do número de jornalistas detidos em países como Vietnã e Egito, é escandaloso que a Turquia seja pelo segundo ano consecutivo o país com maior quantidade de jornalistas presos", declarou Joel Simon, diretor-executivo do CPJ.

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Mais da metade dos repórteres atrás das grades (124) foram detidos por acusações de subversão ou terrorismo. Em 46 casos as razões da detenção não foram divulgadas.

Um caso particular é a Síria, onde o número de jornalistas detidos pelo regime do presidente Bashar al-Assad caiu de 15 para 12 em relação a 2012, embora o relatório não contabilize os 30 repórteres desaparecidos no país, que, em sua maioria, acredita-se que tenham sido sequestrados por grupos armados da oposição.

Surpreendentemente, o único jornalista detido no continente americano no dia 1 de dezembro estava nos Estados Unidos, indica o CPJ, que não costuma poupar críticas a países considerados problemáticos para a imprensa independente, como Venezuela, Cuba ou Equador.

"Nos últimos anos, a prisão de jornalistas nas Américas é cada vez mais rara: em 2012 um jornalista foi detido em Cuba e em 2011 o CPJ não documentou nenhum caso", explicou Elana Beiser, diretora editorial do Comitê.

Quanto ao repórter detido nos Estados Unidos, trata-se de Roger Shuler, um blogueiro independente "especializado em denúncias de corrupção e escândalo nos círculos do Partido Republicano do estado do Alabama" (sul), segundo o CPJ.

Shuler estava na prisão "acusado de desacato, por se negar a cumprir uma ordem judicial relacionada com conteúdo julgado como difamatório", de acordo com o Comitê.

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