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Belo Horizonte cria força-tarefa de combate ao furto de fios de cobre

Crime aumentou expressivamente nos últimos 3 anos em todo o Brasil; na capital, 952 ocorrências foram registradas só em 2021

Minas Gerais|Cintia Rausch, Rosildo Mendes e Vinícius Araújo, da Record TV Minas

Em 2021, Belo Horizonte registrou 952 ocorrências
Em 2021, Belo Horizonte registrou 952 ocorrências Em 2021, Belo Horizonte registrou 952 ocorrências

O furto de cobre aumentou expressivamente nos últimos três anos em todo o Brasil. O metal teve uma valorização no mercado e atraiu ainda mais a criminalidade, desde pequenos ladrões até quadrilhas especializadas.

A situação não é diferente em Belo Horizonte. Apenas em 2021, a capital registrou 952 ocorrências de furtos de cobre. O prejuízo somou R$ 412 mil aos cofres da prefeitura. José Carlos Ladeira, diretor de sistema viário da BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte), explica que esse dinheiro sai do bolso do próprio cidadão. "Esses R$ 412 mil seriam quatro novos semáforos na cidade, ou a despesa de manutenção de um mês, ou a conta de eletricidade dos semáforos por três a quatro meses", ilustra.

Tanto prejuízo fez o setor público tomar uma atitude para tentar coibir o furto de cobre na capital. Esse tipo de crime agora será combatido de maneira integrada, a partir da MASP (Metodologia Ágil de Solução de Problemas). "Ela é a essência do que acontece aqui, tem polícia, Guarda Municipal, bombeiros, Cemig, BHTrans, Samu. Todo problema que vier a ocorrer na cidade, esta equipe que vai encaminhar a solução", afirma Ladeira.

No Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte, por meio do monitoramento dos semáforos e das câmeras de vigilância instaladas em diversos pontos da cidade, é possível detectar onde os ladrões agem em tempo real. "Primeiro vamos estancar o problema. Então, se tem um semáforo desativado, gera problemas de circulação e de segurança. Segundo, imediatamente, se for uma questão elétrica, a Cemig ja estará acionada. E no caso de furto, a segurança pública já estará aqui", diz Ladeira.

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Crime milionário

O furto de cobre é praticado tanto nas áreas centrais quanto nas regiões periféricas. O avanço desse tipo de crime se tornou ainda mais expressivo a partir de 2020, quando o metal dobrou de preço, impulsionado pela valorização do dólar, a escassez no mercado e o aumento da demanda. Com menos material disponível, os valores dispararam e o material se tornou uma mina de ouro para ladrões e empresários que agem fora da lei.

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O engenheiro metalúrgico e professor, Carlos Barral, explica porque o material está na mira dos criminosos. "Por ter uma alta condutividade elétrica, ele é capaz de possibilitar a transmissão de energia elétrica com baixa perda energética e baixo aquecimento", afirma.

O professor ainda complementa que o cobre é o condutor de eletricidade mais usado hoje em dia e, geralmente, retorna às siderúrgicas por ser uma matéria-prima reutilizável. "Você simplesmente pega o metal já pronto, que você tem de sucata, que não usa mais. Então, é possível refundir e produzir um metal com um preço muito mais baixo. O problema é que é um metal nobre e não tem tanta disponibilidade assim", diz.

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Nos ferros-velhos, o quilo do metal custa, hoje, entre R$ 45 e R$ 50. Ou seja, um saco com aproximadamente 700 quilos, está avaliado em R$ 35 mil. 

Piratas do Cobre

Os problemas causados pelo furto de fios em Minas Gerais é tema da série Piratas do Cobre, exibida pela Record TV Minas. Os episódios vão ao ar, entre esta segunda-feira (28) e a próxima quinta-feira (3), no Balanço Geral Minas, a partir das 11h50.

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