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Ex-policiais acusados de executar tio e sobrinho em BH vão a julgamento

Crime ocorreu em fevereiro de 2011, no Aglomerado da Serra

Minas Gerais|Do R7

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Sobrinho e tio foram assassinados à queima-roupa, por soldados, que tentaram simular troca de tiros com traficantes
Sobrinho e tio foram assassinados à queima-roupa, por soldados, que tentaram simular troca de tiros com traficantes

Três anos após a incursão de policiais militares que terminou com a morte de tio e sobrinho no Aglomerado da Serra, na região centro-sul de Belo Horizonte, os ex-soldados apontados como os autores dos disparos vão a julgamento. Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David da Silva sentam no banco dos réus na próxima terça-feira (18), às 8h30.

Previsto para dezembro de 2013, o júri foi adiado depois que os advogados da defesa juntaram ao processo documentos, fotos e matérias jornalísticas, para exibição em plenário. O promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes solicitou a realização de perícia técnica para comprovar a veracidade do material.


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Na ocasião, o então juiz presidente Ronaldo Vasquez observou que, conforme o artigo 422 do Código de Processo Penal, a juntada de documentos ao processo deve ser feita com antecedência mínima de três dias do julgamento.


Durante a instrução do processo, foram ouvidas 24 testemunhas, além dos dois acusados. A defesa argumentou que eles agiram em legítima defesa e em cumprimento do “dever legal e do exercício regular do direito” como policiais militares. Na sessão se julgamento, a previsão é de que sejam ouvidas 17 testemunhas: 5 de acusação e 12 de defesa.

Os crimes


Os ex-soldados são acusados de matar o enfermeiro Renilson Veriano da Silva, 37 anos, confundido com um traficante, e o sobrinho da vítima, Jefferson Coelho da Silva, 17, que tentou socorrer o tio e também foi atingido com tiros de fuzil à queima roupa. Os ex-policiais, que afirmam terem sido recebidos a tiros, são acusados ainda de alterar o local do crime para forjar um tiroteio com traficantes.

Pela morte de Renilson, eles respondem por homicídio duplamente qualificado - motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou defesa da vítima. Quanto ao crime contra Jefferson, as qualificadoras são assegurar a impunidade da morte do tio e recurso que impossibilitou a defesa. Jason e Jonas respondem ainda por porte ilegal de arma de fogo. Somadas, as penas podem chegar a 130 anos.

Os policiais foram pronunciados em outubro de 2011. Na ocasião, o juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri manteve as prisões para garantia da ordem pública. Atualmente, ambos estão presos no presídio de São Joaquim de Bicas.

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