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Julgamento de réus da Chacina de Unaí é retomado nesta quarta-feira em BH

Hoje serão ouvidos o delegado da Polícia Federal, Antônio Celso, e o réu Hugo Pimenta

Minas Gerais|Do R7

Norberto Mânica é apontado como um dos mandantes do crime
Norberto Mânica é apontado como um dos mandantes do crime

Foi retomado nesta quarta-feira (28) o julgamento de Norberto Mânica e José Alberto de Castro, acusados de matar quatro servidores do Ministério do Trabalho no crime que ficou conhecido como "Chacina de Unaí". A sessão teve início por volta de 9h e acontece na sede da Justiça Federal, na região centro-sul de Belo Horizonte.

Nesta quarta-feira estão previstos o depoimento os depoimentos do delegado da PF (Polícia Federal) Antônio Celso, que coordenou a força-tarefa que prendeu os suspeitos na época, além da delação premiada do réu Hugo Pimenta. Ao todo serão ouvidas 34 testemunhas e o Ministério Público já adiantou que, apenas para Pimenta, serão feitas 400 perguntas.

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Na terça-feira, a sessão durou quase 12 horas e entre as testemunhas ouvidas estavam o delegado da Polícia Civil, Wagner Pinto, que investigou o crime à época. Também prestaram depoimento duas viúvas das vítimas e Erinaldo Vasconcelos Silva, que já foi condenado como o executor dos servidores. Ele acusou Norberto Mânica de ser o mandante do crime, juntamente com Hugo Pimenta e José Alberto de Castro.

Além de Norberto e Castro, outros dois réus serão julgados a partir da semana que vem. O ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, enfrentará o júri no dia 4 de novembro. Já o empresário Hugo Alves Pimenta conseguiu ter o processo desmembrado e será julgado separadamente, no dia 10 de novembro.


Relembre o caso 

Em 28 de janeiro de 2004, os três fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram mortos a tiros em uma emboscada em uma estrada de terra, próxima de Unaí, na região noroeste do Estado. Na ocasião, as vítimas faziam visitas de rotina a propriedades rurais.


O carro do Ministério do Trabalho foi cercado por homens armados, que mataram os fiscais à queima-roupa, ainda atados aos cintos de segurança. A fiscalização visitava a região devido à denúncias sobre trabalho escravo.

Apenas nove anos depois, o caso começou a ser julgado, em razão, principalmente, dos recursos interpostos por alguns dos acusados. No entanto, nenhum dos mandantes tinha sido julgado pelo crime.

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