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Artista circense preso em ação contra milícia embarca para Suécia

Pablo Bessa trabalha há cinco anos como acrobata e malabarista no exterior; Justiça revogou a prisão de 137 dos 159 presos nesta quarta (25)

Rio de Janeiro|Juliana Valente* e Jaqueline Suarez*, do R7

Pablo foi um dos 159 presos em operação contra milícia
Pablo foi um dos 159 presos em operação contra milícia Pablo foi um dos 159 presos em operação contra milícia

O artista de circo Pablo Dias Bessa Martins, de 23 anos, detido em uma ação contra a milícia em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, embarcou para a Suécia nesta quarta-feira (25).

O jovem ficou preso durante 14 dias no Complexo de Gericinó, em Bangu.

Pablo e outros 158 homens foram detidos no dia 7 de abril durante um show de pagode que, segundo a Polícia Civil, foi organizado pela milícia que atua na região. 

A prisão dele foi revogada na última quinta-feira (19) pela Justiça. De acordo com a decisão, as motivações para revogar a prisão de Pablo foram o fato de que ele “é réu primário, não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e é profissional circense”.

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Ainda de acordo com o documento, “o fator que o diferencia de todos os outros presos é a comprovação documental de que passa a maior parte de sua vida, atualmente, fora do país”.

Pablo trabalha há cinco anos na empresa Up Leon e passa de quatro a oito meses do ano na Suécia fazendo apresentações circenses como acrobata, malabarista e capoeirista. 

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O caso dele chamou atenção e fez com que artistas como Wagner Moura e Marcos Frota, que é responsável pelo Unicirco, onde o jovem trabalhou, pedissem para que a Justiça revogasse a prisão.

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Ontem, o juiz da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, Eduardo Marques Hablitschek, revogou a prisão preventiva de 137 dos 159 presos na operação. A decisão foi favorável ao parecer do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), que entendeu não haver "provas efetivas que permitam o oferecimento de denúncia contra eles".

À época das prisões, a Polícia Civil declarou que a operação havia representado “um forte baque” ao grupo organizado. 

No dia seguinte à ação, surgiram relatos de presos sem relação com a milícia. Familiares e amigos organizaram protestos e passaram a buscar na Justiça meios de conseguir a liberdade dos detidos.

De acordo com a Defensoria Pública, dos 159 presos, 139 não são alvo de investigações, segundo informações obtidas por meio de um documento entregue pela Polícia Civil ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). 

*Estagiárias do R7, sob supervisão de Raphael Hakime

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