O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, pediu a abertura de um processo administrativo disciplinar que pode resultar na expulsão dos quatro PMs presos por suspeita de estupro na comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio.
Em nota, o secretário pediu “desculpas às vítimas e aos familiares por um crime que causa repulsa”. Gabriel Machado Mantuano, Renato Ferreira Leite, Wellington de Cássio Costa Fonseca e Anderson Farias da Silva foram reconhecidos pelas mulheres. Eles estão detidos no BEP (Batalhão Especial Prisional). Outros dois PMs — que não foram reconhecidos — estão presos administrativamente no quartel porque faziam parte do grupo.
As três vítimas — uma delas tem 16 anos — dizem que estavam na área de cracolândia da comunidade para convencer uma amiga a largar o vício, quando os PMs chegaram. Elas dizem que foram obrigadas a andar nuas por uma rua do Jacarezinho.
Segundo a Polícia Civil, logo após o crime, as vítimas procuraram a delegacia. Elas prestaram depoimento e fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. A casa indicada pelas mulheres como o local em que teriam ocorrido os estupros foi periciada. Material genético foi recolhido no local para exame de DNA.
A defesa de um dos suspeitos diz que a denúncia foi uma armadilha de traficantes. A Coordenadoria da Polícia Pacificadora classificou a denúncia como gravíssima.
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