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“Pedófilos precisam de tratamento, não de pena”, diz ex-diretor do sistema penitenciário de SP

Paulo Sampaio diz que nenhum presídio do Estado tem tratamento adequado para doentes 

São Paulo|Sylvia Albuquerque, do R7

Sampaio exerceu o cargo por seis anos
Sampaio exerceu o cargo por seis anos

O psiquiatra e ex-diretor do Departamento de Saúde do Sistema Penitenciário Paulo César Sampaio critica a forma como o Estado de São Paulo lida com seus prisioneiros pedófilos. Sampaio deixou o cargo que exerceu por seis anos porque não conseguiu implantar um plano de saúde que tratasse adequadamente portadores de transtornos psiquiátricos que cometeram crimes no Estado.

— Passou da hora do Estado tratar o pedófilo como doente e não como um preso comum. O que os pedófilos precisam é de tratamento e não de pena.

Ele explica que qualquer pessoa presa acusada de abuso sexual precisa passar, por determinação judicial, por uma avaliação médica para identificar se é portadora da doença pedofilia ou somente um agressor. O portador da doença é alguém que tem um desejo sexual constante, quase que exclusivo, por crianças. O diagnóstico é difícil de ser dado porque se confunde com o de agressores, que são pessoas que se aproveitam de uma oportunidade para cometer crimes.

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Todo esse assunto ainda é um grande tabu para a sociedade e todo abusador sexual acaba sendo tachado de pedófilo. Caso um laudo comprove, a pessoa deve ser levada para um hospital de custódia.

Sampaio afirma que nenhum presídio de São Paulo oferece um tratamento adequado para os portadores de pedofilia. Os doentes são considerados semi-imputáveis, quando não têm plena consciência, mas não é totalmente isento de responder por um ato e pagar por ele.

— O portador da pedofilia não consegue controlar o desejo pela criança.

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