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Segundo dia de júri do caso Bianca Consoli começa com mais três testemunhas dispensadas

Perita criminal é a primeira a ser ouvida no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de SP

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Antes do primeiro dia de julgamento, Fórum teve manifestação
Antes do primeiro dia de julgamento, Fórum teve manifestação

A perita criminal Angélica de Almeida é a primeira testemunha a ser ouvida neste segundo dia de julgamento do caso Bianca Consoli. Responsável pelo laudo necroscópico da vítima, ela foi arrolada pela acusação e começou a depor por volta das 10h45 desta quarta-feira (24), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

O julgamento do motoboy Sandro Dota entra em seu segundo dia nesta quarta-feira. Nesta terça-feira (23), três testemunhas depuseram e o clima foi tenso durante a sessão de pouco mais de sete horas no Fórum da Barra Funda. Marta Consoli, mãe de Bianca, e o investigador Maurício Silva Vestyik, fizeram seus relatos pelo lado da acusação, enquanto a delegada Giselle Priscila Capelo depôs a pedido da defesa.

Há expectativa também para o depoimento de Daiane Consoli, irmã da vítima e ex-mulher do réu. Ao todo, estavam previstas 17 testemunhas. Quatro foram dispensadas desde ontem. São elas: testemunha "beta" (uma amiga de Bianca, protegida pela Justiça), arrolada pela acusação; Carlos Prado e o investigador Almir Chagas dos Santos, escolhidos pelo juízo, e Danilo Ribeiro Consoli, de 12 anos, filho de Daiane.

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O Conselho de Sentença é formado por quatro homens e três mulheres, que devem decidir o futuro de Dota até o final desta semana.

O crime


O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi achado pela mãe dela caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.

Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada pela jovem, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos degraus.


Dentro da garganta da jovem, a polícia encontrou uma sacola plástica, usada pelo autor para asfixiar a estudante.

As investigações apontaram o motoboy Sandro Dota, cunhado da vítima, como o suposto autor do crime. Ele está preso desde o dia 12 de dezembro de 2011.

O motoboy nega as acusações e se diz inocente. Em julho do ano passado, ele foi para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua transferência.

Em agosto do ano passado, a acusação de estupro foi incluída no processo contra Sandro Dota. A defesa do réu, entretanto, nega o crime e diz que o laudo do legista é inconclusivo. Para a polícia, o crime teve motivação sexual.

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