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Cansaço extremo e falta de ar podem ser sinais de câncer de pulmão

Especialistas explicam que sintomas só aparecem em fase avançada, pois a doença é silenciosa

Saúde|Do R7*

Fumantes passivos também podem desenvolver câncer
Fumantes passivos também podem desenvolver câncer Fumantes passivos também podem desenvolver câncer

Agosto é o mês de conscientização sobre câncer de pulmão, uma doença que atinge cerca de 30 mil pessoas por ano no Brasil. Por mais que seja uma doença conhecida, 90% dos casos da doença são diagnosticados já em estágio avançado.

O cirurgião torácico do Hospital Abert Einstein Ricardo Sales afirmou que esse índice exacerbante está relacionado ao fato de a doença ser silenciosa. Os principais sintomas, que são cansaço extremo, tosse incessável e falta de ar, só começam a se manifestar quando o câncer já está em estágio avançado, dificultando o tratamento.

— Os cirurgiões torácicos só podem operar alguém com câncer de pulmão quando a doença é diagnosticada precocemente. Com a cirurgia, as chances de cura são quase certeiras. No entanto, a maior parte dos pacientes só vai procurar um especialista quando a doença está em estágio avançado, e nesses casos, só tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia podem resolver. 

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Grupo de risco

Sales listou quem são as pessoas que mais têm chances de desenvolver o câncer de pulmão: são pessoas com mais de 50 anos que, há 30 anos ou mais, fumam pelo menos um maço de cigarro por dia. Contudo, apesar de os tabagistas serem os mais propensos a desenvolverem a doença, ex-fumantes, fumantes passivos e pessoas que vivem em ambientes poluídos não podem neglienciar o problema, uma vez que 20% dos casos afetam esse tipo de público. 

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Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb, mostrou que há uma desinformação grande em relação à doença: 76% da população brasileira nunca conversou com um médico sobre câncer de pulmão e apenas 39% se considera bem informada sobre a doença. O oncologista Marcelo Cruz ressaltou que esses índices se devem porque a doença é subestimada, e que isso só vai mudar quando as pessoas começarem a dar a ela a mesma importância que dão aos outros tipos de câncer.

— O câncer de pulmão é o único tipo de câncer que pode ser prevenido. O câncer de mama e o de próstata, que são levados muito mais a sério pela maior parte da população do que o câncer de pulmão, não têm prevenção. Então, as pessoas precisam aproveitar que há como evitar o problema e tomar as medidas que lhes cabem para isso.

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Segundo a presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, medidas que contribuem para que a doença não se desenvolva são não fumar, praticar atividades físicas e evitar exposição a elementos químicos como os presentes em construções, mineradoras e isolantes térmicos. Luciana recomenda, ainda, que as pessoas conversem com seus médicos sobre a doença.

O tabagismo começa na infância

A pesquisa mostrou que três em cada dez brasileiros conhecem alguém que tem ou já teve câncer de pulmão. No entanto, esse alto índice não significa que essas pessoas procuram se prevenir. Apesar de o número de fumantes ter caído desde o surgimento de campanhas contra o tabagismo, ainda há grande incidência entre os jovens. Marcelo Cruz explica:

— O tabagismo começa na infância e na adolescência. Não podemos negligenciar essa faixa etária. Desde 2005, observamos uma queda no número de tabagistas, hoje eles representam 17% da população do País, porém os adolescentes têm fumado cada vez mais.

Além do câncer de pulmão, o cigarro pode causar outras doenças como o DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que é nada menos que a bronquite crônica atuando no organismo ao mesmo tempo que a inflamação dos brônquios. O transtorno faz com que a camada elástica do pulmão vá perdendo elasticidade, dificultando o processo de troca de oxigênio. Além disso, acidentes vasculares cerebrais e infartos podem ocorrer por causa do fumo, porque ao ingerir as substâncias tóxicas presentes no cigarro, a pessoa estimula o entupimento de veias no cérebro e no coração.

O tabagismo afeta, ainda, a aparência: amarela os dentes e estimula o surgimento de rugas. 

*Colaborou: Talyta Vespa, estagiária do R7

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