Células-tronco ajudam a recuperar tecido do coração após infarto
De acordo com pesquisa americana, células para tratamento podem ser do próprio paciente ou doadas
Saúde|Do R7
Terapia com células-tronco podem ajudar a reparar o coração de pacientes vítimas de infarto. De acordo com um novo estudo, publicado na revista American Medical Assn na segunda-feira, a técnica se mostra promissora, não importando se as células-tronco vêm do próprio paciente ou de um doador.
Por décadas, acreditava-se que áreas do coração gravemente danificadas por um ataque cardíaco não podiam ser reparadas. Mas o avanço de novas terapias celulares, com a injeção de células-tronco ou outros tipos de células na zona prejudicada, tem proporcionado novas esperanças de que a recuperação do órgão é possível.
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De acordo com o jornal americano Los Angeles Times, existem, no entanto, problemas em relação aos procedimentos. O principal deles é em relação à obtenção das células pela medula óssea, que demanda procedimentos invasivos e dolorosos. Como pacientes que foram vítimas de infarto geralmente se encontram em um estado de saúde mais frágil que outros, uma opção seria utilizar células-tronco de outra pessoa.
Células doadas, no entanto, correm o risco de serem rejeitadas pelo organismo receptor, o que faz com que sejam menos seguras do que as células dos próprios pacientes vítimas de ataque cardíaco. No estudo, os pesquisadores da Universidade de Miami observaram 30 pacientes que havia sofrido ataque do coração no passado e continuavam tendo sintomas graves, como dificuldade de locomoção e desenvolvimento do tecido cicatricial significativo sobre o coração. Dos pacientes estudados, metade havia recebido células-tronco próprias, enquanto a outra parte estava sendo tratada com células doadas.
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O estudo concluiu que a injeção de células doadoras era tão segura quanto a de células do paciente — um resultado importante que, caso se repita em outras pesquisas, pode mudar a forma como são tratados ataques do coração. Além de ser seguro, o tratamento funcionou bem: os pacientes obtiveram melhores resultados em um exame de caminhada, apresentaram redução do tecido cicatricial no coração e disseram sentir melhor qualidade de vida.