EUA recomendam mamografia anual a partir dos 45 anos
Orientação anterior apontava a idade de 40 anos como adequada para iniciar exames
Saúde|Do R7

A Sociedade Americana de Câncer anunciou novas recomendações para a realização de mamografias para o diagnóstico precoce do câncer de mama. De acordo com as diretrizes, as mulheres agora devem passar por mamografias anuais a partir dos 45 anos, em vez de iniciar os exames aos 40, como era indicado anteriormente.
Além de recomendar "fortemente" que mulheres com idade entre 45 e 54 anos façam o exame anualmente, a organização propõe que mulheres com mais de 55 anos façam a mamografia a cada dois anos mas que fiquem livres para realizá-las anualmente, assim como as mulheres entre 40 e 44 anos.
De acordo com o anúncio, as modificações nas recomendações refletem evidências cada vez maiores de que a mamografia tem limitações, é menos útil em mulheres mais jovens e tem sérias consequências, como resultado falso positivo — com a detecção de tumores que seriam inofensivos e levam a exames adicionais, como biópsias. A mudança de diretriz foi publicada ontem na revista científica Journal of the American Medical Association.
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No Brasil, há duas diretrizes para a realização dos exames diagnósticos de câncer de mama. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia seja feita anualmente dos 40 até os 70 anos de idade. Já o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda o exame dos 50 aos 70 anos, com intervalos de até dois anos.
Segundo o diretor do Departamento de Mastologia do Hospital A.C. Camargo, José Luiz Barbosa Bevilacqua, embora a literatura científica considere que o maior impacto do câncer de mama sobre as mulheres se dê a partir dos 50 anos de idade, não tão é incomum detectar tumores em pacientes na faixa dos 40 anos.
"A mulheres mais jovens têm as mamas mais densas, o que reduz a sensibilidade da mamografia — e essa foi a alegação feita para justificar a nova recomendação. Mas essa decisão certamente fará com que se deixe de detectar o câncer em uma parte da população na faixa dos 40 anos", disse ele.
Uma pesquisa inédita do A.C. Camargo, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira (19) constatou ainda que 34 8% das mulheres com até 39 anos receberam o diagnóstico nos estágios 3 e 4, níveis mais avançados da doença.
Modelo usa vaidade para lutar contra o câncer de mama: "Fiquei mais bonita"
Vaidade, beleza e autoestima sempre estiveram presentes no universo da catarinense Flávia Flores, até mesmo na hora em que ela descobriu que estava com câncer de mama aos 35 anos. A escritora e ex-modelo decidiu que, se teria que perder os seios e os...
Vaidade, beleza e autoestima sempre estiveram presentes no universo da catarinense Flávia Flores, até mesmo na hora em que ela descobriu que estava com câncer de mama aos 35 anos. A escritora e ex-modelo decidiu que, se teria que perder os seios e os cabelos durante o tratamento, faria isso com a cabeça erguida, com o rosto maquiado, enfeitada com perucas e lenços. — O meu maior medo era de não me reconhecer no espelho. Claro que eu pensava na morte e no tratamento, mas o que me assustava mesmo era como eu, uma pessoa da indústria da moda seria vista pelos meus colegas, família e por mim mesma. Agora eu vejo que o câncer me deixou foi mais bonita! Hoje, três anos depois do diagnóstico, Flávia se tornou referência ao ajudar outras mulheres com dicas de beleza e bem-estar. Em 2013, ela lançou o livro Quimioterapia e Beleza em que relata sua luta contra o câncer Assista: Flávia Flores dá dicas de beleza para manter autoestima


























