Governo gasta R$ 488 milhões com tratamentos para obesidade
Maior parte dos gastos ocorreu com atendimento hospitalar, R$ 289 milhões
Saúde|com Agência Brasil
O Ministério da Saúde gasta anualmente R$ 488 milhões anuais com o tratamento de doenças relacionadas à obesidade, revela pesquisa feita pela Universidade de Brasília.
Foram analisados dados de internação e de atendimento de média e alta complexidade relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças associadas, como problemas cardíacos, diabetes e cânceres.
De acordo com trabalho, baseado em dados de 2011, a maior parte dos gastos ocorreu com atendimento hospitalar, R$ 289 milhões.
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Para atendimento ambulatorial foram gastos R$ 199 milhões. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que "esse é o momento de agir".
— Temos de adotar ações globais.
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009 apontou que 21,7% dos brasileiros que têm entre 10 e 19 anos apresentam excesso de peso; em 1970 esse índice era 3,7%. Segundo os dados, 1,14% das mulheres e 0,44% dos homens apresentam obesidade grave, o que representa 0,8% da população.
Ao todo, há 14,8 milhões de brasileiros obesos. O número equivale à quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com Padilha, considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é o dobro do verificado entre a população que frequentou a escola por mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na população mais pobre.