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Médicos prometem grande paralisação nacional contra "caos na saúde pública"

Representantes criticaram mais uma vez importação de médicos cubanos para o Brasil

Saúde|Vanessa Sulina, do R7

Entidades médicas prometem paralisar as atividades na próxima quarta-feira (3) a partir das 10h em todo o País. O objetivo dos profissionais é mobilizar e chamar atenção da população para o projeto do Governo Federal de importar médicos cubanos, além da precariedade dos atendimentos e infraestrutura nos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) e da falta de incentivo de carreira.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (26), o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D´Ávila, afirmou que a paralisação não tem como objetivo “prejudicar a população”.

— Vai ser muito pacífica. Será um ato público com passeata da prefeitura até a sede do governo. Vamos poupar os pacientes de transtorno porque são vítimas. Não podemos penalizar estas pessoas, mas precisamos protestar e esclarecer as pessoas — que a vinda de médicos, por exemplo, não vai resolver problema da saúde do País.

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O presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Florentino Cardoso, diz que por meio da mobilização será possível “mostrar o caos e as verdades da saúde pública do Brasil”. Segundo ele, a área médica enfrenta diversos “grandes problemas”, entre eles a falta de financiamento.

— Os médicos não suportam mais atender as pessoas com paredes caindo, com posto sem água há dois meses. Vamos aproveitar este momento histórico para reconstruir o País. Sobre a importação de médicos, não somos contra médicos estrangeiros, desde que eles sejam avaliados [por meio do Revalida, concurso federal que atesta os conhecimentos médicos]. É preciso ver se eles têm conhecimento, habilidade e atitude para trabalhar aqui. Sabemos que há escolas que não formam médicos com qualidade.


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Se as reivindicações não forem atendidas, Geraldo Ferreira, presidente da ANM (Associação Nacional dos Médicos), afirma que “não está descartado uma greve”. Segundo ele, entre as alternativas para melhoria do setor está a aprovação da PEC 454, pacote de emenda constitucional que cria a carreira de Estado para os médicos, assim como acontece com o Judiciário.


— Além disso, queremos também que 10% do recurso público bruto seja destinado à saúde. Não adianta colocarmos mais médicos, sem ter infraestrutura suficiente.

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Entidades de classe, acadêmicos de medicina e residentes médicos tomarão a avenida Paulista, a partir das 16h para uma passeata de protesto. O ponto de encontro será na Associação Médica Brasileira, de onde a passeata sairá rumo ao gabinete de representação da presidência da República, na avenida Paulista.

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