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Primeiro grupo do Mais Médicos começa a treinar na segunda-feira

Ao todo, chegam neste fim de semana 145 estrangeiros e 99 brasileiros formados no exterior 

Saúde|Do R7

O primeiro grupo de estrangeiros do programa Mais Médicos começou a chegar nesta sexta-feira (23) ao Brasil para iniciar na segunda-feira (26) a primeira etapa de treinamento prévio. Em Brasília, quatro estrangeiros e um brasileiro formado na Espanha foram recebidos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Entre eles, o brasileiro Thiago Carvalho, que volta para Rio Branco, e a espanhola Sônia Gonzalez, que decidiu trabalhar no distrito indígena do Alto Rio Negro, na Amazônia.

Ao todo, chegam neste fim de semana 145 estrangeiros e 99 brasileiros formados no exterior que serão treinados em oito capitais. Em São Paulo, ficarão 47 profissionais e em Brasília, 23, a maioria destinada a distritos indígenas. O grupo chegou no início da tarde por um voo da TAP, ficará hospedado num alojamento militar e terá aulas na UnB (Universidade de Brasília).

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O curso de treinamento dura três semanas e inclui legislação, funcionamento e atribuições do SUS (Sistema Único de Saúde) com enfoque na atenção básica. Também haverá aulas de português, com avaliação das habilidades linguísticas dos estrangeiros.


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Carvalho, formado na Espanha, é natural da capital do Acre, para onde volta com a mulher e dois filhos.


— Como eu estudei na Europa, com essa oportunidade do programa Mais Médicos, eu volto para minha casa e com o propósito de trabalhar na minha região. Sou brasileiro, a gente tem de arregaçar as mangas e trabalhar.

Sônia, que trabalhou numa missão na África, disse que a motivação é aprender. Deixou um emprego público em Portugal e veio com o filho.


— Estou ao mesmo tempo emocionada com o desconhecido, mas com muita vontade mesmo de trabalhar e ter uma nova experiência.

Neste fim de semana, chegará também o primeiro grupo de 400 médicos cubanos "importados" pelo governo depois de um acordo triangular entre Brasil, Cuba e a Organização Pan-Americana de Saúde. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira (21) a decisão de trazer 4.000 cubanos para suprir as vagas não preenchidas nas inscrições individuais.

Perguntado sobre as constantes críticas que o programa recebe, Padilha elogiou a disposição dos profissionais que chegaram e lembrou que as vagas preenchidas pelos estrangeiros são aquelas que os brasileiros não quiseram.

— Vamos até o fim. O que nos move é levar médicos onde não existem médicos no País. Eu sei a diferença entre um médico perto do paciente, perto da comunidade. Isso faz a diferença em qualquer situação.

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