Rede pública oferece remédios para depressão; saiba quais são as exigências
No mundo, uma pessoa se mata a cada 40 segundos; taxa no Brasil é de 5,8 por 100 mil
Saúde|Marcella Franco, do R7
Embora possa se orgulhar de suas estratégias de prevenção do suicídio, o Brasil ainda registra números pouco lisonjeiros no ranking mundial: somos o quarto país latino-americano em crescimento no índice de mortes desse tipo.
A estimativa compreende os suicídios entre os anos de 2000 a 2012, e foi divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em setembro de 2014.
O relatório mostra que, na América Latina, ao todo cinco países tiveram aumento percentual no número de suicídios ao longo dos dez anos de pesquisa. A Guatemala aparece em primeiro lugar, com 20,6%, seguida pelo México (16,6%), Chile (14,3%), Brasil (10,4%) e Equador (3,4%).
De acordo com a OMS, uma pessoa se mata a cada 40 segundos no mundo. São 800 mil suicídios por ano, especialmente entre pessoas entre 15 a 29 anos — para se ter uma ideia da gravidade do problema, esta é a segunda maior causa de morte nesta faixa etária.
De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa média do Brasil é de 5,8 por 100 mil habitantes, metade da média mundial (11,4 por 100 mil).
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No Brasil, um dos 28 países que contam com táticas nacionais de combate ao suicídio, qualquer cidadão pode ter acesso gratuitamente a acompanhamento psicológico e psicoterápico, segundo o ministério.
São 2.209 CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) em funcionamento no País, com profissionais de equipes de saúde mental capacitados e balizados em um manual que ajuda na qualidade do atendimento. Nestas unidades, os pacientes recebem atendimento próximo da família, assistência médica e cuidado terapêutico conforme seu quadro de saúde.
O que poucos pacientes sabem é que, além do apoio psicológico, o SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza também medicamentos.
Remédios como os antidepressivos fluoxetina e clomipramina, o antiepilético clonazepam e o antipsicótico quetiapina, por exemplo, são entregues de graça nas Unidades Básicas de Saúde e em outros estabelecimentos designados pelas secretarias de saúde dos municípios. A exigência no procedimento é que a receita seja de um médico do SUS.