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Tratar parceiro soropositivo pode deter transmissão da Aids, diz estudo

Teste demonstrou redução elevada de risco de infecção, devido à eficácia do preservativo

Saúde|Do R7

Tratar um paciente infectado pelo vírus HIV reduz o risco de transmissão do vírus para o parceiro não infectado, porém menos do que o anunciado no ano passado, revelou um amplo estudo que será publicado este sábado (26).

Durante nove anos (2003-2011), cientistas chineses estudaram 38 mil casais sorodiferentes submetidos a testes de HIV a cada seis meses, dos quais 24 mil receberam tratamento com antirretrovirais no começo do estudo, enquanto os outros não fizeram tratamento.

Os testes demonstraram que a taxa de transmissão da Aids ao parceiro não infectado foi inferior a 26% no primeiro grupo em que o parceiro infectado recebeu o tratamento contra 96% de baixa mensurada em um pequeno estudo publicado no ano passado.

"Estes resultados confirmam as informações fornecidas pelos estudos mais modestos e por um ensaio clínico randomizado (aleatório) que mostrou que o tratamento preventivo era uma estratégia eficaz em saúde pública em uma escala nacional no contexto de um país em desenvolvimento", afirmou o professor Shao Yiming, do centro de controle e prevenção de doenças de Pequim, principal autor do estudo.


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Realizado em nove países com 1.763 casais, o teste aleatório contudo demonstrou uma redução particularmente elevada (96%) de risco de infecção do parceiro saudável, correspondente à eficácia de um preservativo.


Os resultados deste teste levaram a OMS (Organização Mundial da Saúde) a recomendar que o parceiro infectado em um casal sorodiferente recebesse tratamento com antirretrovirais dependendo de sua taxa de CD4 (uma vez que o tratamento, a princípio, não é recomendado para pessoas infectadas com taxa inferior a 350).

Segundo o estudo chinês, o efeito protetor do tratamento com antirretrovirais se limitou ao primeiro ano e que em seguida as taxas de transmissão do HIV ficaram similares nos dois grupos.

O estudo mencionou, ainda, uma eficácia menor quando os parceiros infectados usavam drogas injetáveis.

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