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Doleiro Alberto Youssef tem alta e volta para a cadeia no Paraná

Principal operador de negócios suspeitos da Petrobras havia sido internado no sábado (25)

Brasil|Do R7

Youssef foi hospitalizado com desconforto no peito em Curitiba
Youssef foi hospitalizado com desconforto no peito em Curitiba

Principal delator dos casos de corrupção na Petrobras, o doleiro Alberto Youssef recebeu alta médica por volta das 8h30 da manhã desta quarta-feira (29), informou a assessoria do Hospital Santa Cruz, de Curitiba (PR). Agentes da PF (Polícia Federal) conduziram o doleiro de volta à cela na superintendência da instituição.

Yousseff havia sido internado na tarde do último sábado (25), quando passou mal na cela da Superintendência da PF na capital paranaense. A PF informou, na ocasião, que o doleiro foi hospitalizado "devido a uma forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica".

Segundo o hospital, “Youssef deu entrada na UTI coronariana do hospital Santa Cruz no dia 25/10/2014, às 16:20, devido a episódio de síncope a esclarecer. Chegou com quadro clínico estável, apresentando sinais de desidratação e de emagrecimento importante”.

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Foi a terceira internação do doleiro por problemas cardíacos após sua prisão, em março deste ano. Youssef só foi encaminhado para a UTI Cardiológica por ser este o setor especializado em tratar problemas do coração. Em nenhum momento o doleiro teria apresentado quadro clínico grave, que oferecesse risco de morte.

Quem é Alberto Youssef?


Réu da operação Lava-Jato, o doleiro está preso desde março na carceragem da PF na capital paranaense. Ele é acusado de ser um dos chefes de um esquema de desvio de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

Em depoimento prestado no começo do mês, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, também preso pela PF, acusou o PP, o PMDB e o PT de envolvimento no recebimento de propinas de empreiteiras.


Costa também teria citado o envolvimento do ex-presidente do PSDB no esquema, Sérgio Guerra, que teria recebido propina para "travar" uma CPI da Petrobras no Congresso. A denúncia foi reforçada pelo laranja de Alberto Youssef, Leonardo Meirelles, em depoimento à Justiça.

No mais recente depoimento vazado à imprensa, o doleiro afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Público em Curitiba que a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, teriam total conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

A informação foi publicada pela revista Veja, que antecipou sua circulação de sábado para sexta-feira (24), a dois dias da votação do segundo turno presidencial. A presidente Dilma chamou a publicação da reportagem de "ato de terrorismo eleitoral". O advogado do doleiro se disse surpreso e afirmou desconhecer o depoimento. Depois, ele declarou que não poderia "desmentir nem confirmar" a versão do doleiro.

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