Médicos fazem prova para validar diploma obtido no exterior
Mais de 900 profissionais farão exame neste sábado e domingo para exercer a legalmente a profissão no Brasil
Brasil|Agência Brasil
A segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2017 será aplicada neste sábado (17) e domingo (18) em Brasília (DF), Curitiba (PR), São Luís (MA), Manaus (AM) e Belo Horizonte (MG).
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Mais de 900 médicos farão as provas, de acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
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O Revalida reconhece os diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil.
O Exame é feito tanto por estrangeiros formados em medicina fora do Brasil, quanto por brasileiros que se graduaram em outro país e querem exercer a profissão em sua terra natal.
A segunda etapa do Revalida é uma Prova de Habilidades Clínicas na qual o participante percorre dez estações para resolução de tarefas sobre investigação de história clínica, interpretação de exames complementares, formulação de hipóteses diagnósticas, demonstração de procedimentos médicos e aconselhamento a pacientes ou familiares.
São dois dias de prova e dois turnos de aplicação em cada um. As provas do primeiro turno começam às 13h e as do segundo turno, às 17h. Os portões são fechados meia hora antes. Os horários estão detalhados no Cartão de Confirmação e no Edital do Revalida – 2ª Etapa. É obrigatória a apresentação de via original de documento oficial de identificação com foto para a realização das provas.
Mais Médicos
A exigência do Revalida foi um dos pontos anunciados pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como requisito para a participação de Cuba no programa Mais Médicos. Para as autoridades cubanas, o governo eleito questiona a preparação dos médicos ao exigir que eles se submetam à revalidação do título para serem contratados. Após declarações de Bolsonaro, Cuba decidiu deixar o programa.
O programa Mais Médicos foi criado em 2013, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, para levar médicos a regiões distantes e periferias do país. A vinda dos médicos cubanos foi acertada por meio de convênio firmado entre os governos brasileiro e de Cuba, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e que dispensava a validação do diploma dos profissionais. Na ocasião, o acordo foi questionado por entidades médicas brasileiras.
Prova difícil
Desde que foi criado, em 2011, o Revalida é considerado uma prova com alto grau de dificuldade. No primeiro ano de aplicação, 12,13% dos participantes foram aprovados. Em 2012, a porcentagem caiu para 9,85% e, em 2013 chegou ao mínimo para 6,83%. Em 2014, os aprovados aumentaram para 32,62% e, em 2015, aqueles que conquistaram o direito de atuar no Brasil atingiu o nível recorde de 42,15% dos participantes.
Primeira etapa
Na primeira etapa do Revalida, realizada no ano passado, os médicos fizeram uma avaliação escrita composta por prova objetiva de 100 questões de múltipla escolha, e uma discursiva, com cinco questões. Se inscreveram no Revalida 8.735 candidatos de 56 nacionalidades.
Os brasileiros eram maioria dos inscritos, representando 59% dos participantes. Médicos bolivianos representavam 16% dos inscritos, enquanto os cubanos, 10%. Em relação à origem do diploma, o maior número de participantes se formou em medicina na Bolívia, 55%. Cuba, com 16% e Paraguai, 12%, vinham na sequência.