AGU pede à Polícia Federal investigação de fake news sobre Banco do Brasil
No documento, Advocacia-Geral destacou Lei Magnitsky, norma dos EUA imposta pelo governo Trump ao ministro Alexandre de Moraes
Brasília|Do R7, em Brasília e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A AGU (Advocacia-Geral da União) enviou notícia-crime à Polícia Federal e pediu a abertura de inquérito para investir divulgação de fake news nas redes sociais sobre o Banco do Brasil.
No documento, a AGU destacou a Lei Magnitsky, norma dos Estados Unidos aplicada pelo país contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
“Desde 19 de agosto de 2025, diversos perfis em redes sociais passaram a veicular notícias falsas envolvendo agentes do sistema financeiro nacional, em especial o Banco do Brasil, em reação ao posicionamento institucional sobre as sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América, por meio da OFAC (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, na sigla em inglês), com base na chamada Lei Magnitsky”, citou a PNDD (Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia), unidade da AGU.
A Lei Magnitsky é uma sanção econômica, que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
Denúncia
A ação ocorreu após denúncia do próprio Banco do Brasil, apresentada na última sexta-feira (22). A instituição citou os episódios como “fatos de extrema gravidade”.
Segundo a AGU, as publicações nas redes sociais têm “potencial de fomentar uma verdadeira corrida bancária para retirada de valores dos bancos” e causar prejuízo à economia do Brasil.
Para a advocacia-geral, a disseminação de mensagens falsas sobre o assunto quer pressionar agentes financeiros e levar o sistema financeiro ao caos.
Os conteúdos sugerem a retirada imediata de dinheiro de correntistas do Banco do Brasil. Entre os autores dos posts, estão os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). Procurados pelo R7, os parlamentares não retornaram. O espaço segue aberto às manifestações.
“Observa-se uma ação articulada de disparo massivo de publicações que buscam aterrorizar a sociedade com a perspectiva iminente de um colapso no sistema”, destacou a AGU.
A PNDD pediu a apuração dos fatos e sugeriu uma possível relação com investigações feitas pelo STF.
“Soma-se a isso uma intenção política no sentido de, relacionando tal colapso às atividades dos membros do Supremo Tribunal Federal, colocar a opinião pública contra o órgão judicial e constranger o Poder Judiciário em sua atuação típica”, completou o órgão.
Parlamentares
Gayer teria publicado, segundo o Banco do Brasil, chamado aos titulares de contas na instituição. “Tirem seu dinheiro dos bancos, Moraes vai quebrar o Brasil”, escreveu o deputado.
Eduardo Bolsonaro, segundo o BB, afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais em 20 de agosto que o banco seria “cortado” das relações internacionais — o que o levaria à falência.
Perguntas e Respostas
O que a AGU solicitou à Polícia Federal?
A AGU (Advocacia-Geral da União) enviou uma notificação à Polícia Federal pedindo a abertura de um inquérito para investigar a divulgação de fake news sobre o Banco do Brasil nas redes sociais.
Qual a relação da Lei Magnitsky com a investigação?
No documento, a AGU mencionou a Lei Magnitsky, uma norma dos Estados Unidos aplicada contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em resposta a sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Quais foram os impactos das fake news mencionadas?
As publicações nas redes sociais têm o potencial de causar uma corrida bancária, levando correntistas a retirar seus valores do Banco do Brasil, o que poderia prejudicar a economia do Brasil.
Quem são os responsáveis pelas publicações falsas?
Entre os autores das postagens estão os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). Ambos não retornaram aos contatos feitos pelo R7.
O que a AGU destacou sobre a ação nas redes sociais?
A AGU observou uma ação articulada de disparo massivo de publicações que visam aterrorizar a sociedade com a possibilidade de um colapso no sistema financeiro.
Qual foi a posição do Banco do Brasil sobre as fake news?
O Banco do Brasil denunciou os episódios como “fatos de extrema gravidade” e destacou que as mensagens falsas visam pressionar agentes financeiros e desestabilizar o sistema financeiro.
O que foi dito pelos deputados sobre o Banco do Brasil?
Gustavo Gayer teria incentivado os correntistas a retirar seu dinheiro, afirmando que “Moraes vai quebrar o Brasil”. Eduardo Bolsonaro, em um vídeo, disse que o banco seria “cortado” das relações internacionais, o que o levaria à falência.
Qual a intenção política por trás das fake news, segundo a AGU?
A AGU acredita que há uma intenção política em associar um possível colapso do sistema financeiro às atividades do STF, buscando assim influenciar a opinião pública contra o órgão judicial.
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