O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou nesta terça-feira (11) que o Congresso Nacional tem “espírito de colaboração” com as pautas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A fala do novo condutor da Casa, eleito no início do mês, foi feita ao lado da equipe econômica do Executivo, após reunião de apresentação da agenda prioritária da gestão petista no Legislativo para este ano. O encontro durou cerca de duas horas.“É esse o espírito de colaboração que o Parlamento brasileiro tem em relação à agenda do governo. O governo do presidente Lula é o governo que foi eleito pelo povo brasileiro, e o Parlamento precisa estar ladeado às agendas do governo, logicamente colaborando e contribuindo para melhorar e aperfeiçoar essa agenda com o olhar do Parlamento. E é dessa maneira que a gente trata a relação institucional entre os poderes, muito especialmente entre o Executivo e o Legislativo”, destacou, ao lado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).Entre as prioridades entregues a Alcolumbre, estão 11 tópicos já em tramitação no Congresso, como a regulamentação da reforma tributária, a limitação dos supersalários e a previdências dos militares (leia mais abaixo).A mesma agenda foi apresentada ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por Haddad na semana passada. A segunda proposta que trata da mudança no regime tributário do país está no Senado — a relatoria deve ficar a cargo de Eduardo Braga (MDB-AM).Segundo Alcolumbre, a intenção do Congresso é encaminhar a agenda apresentada pelo governo logo neste primeiro semestre. “Nós debatemos [os temas], logicamente fazendo ponderações desse ou daquele assunto”, observou, ao citar a “disposição” do Legislativo em se unir “em prol de uma agenda comum de país”.Haddad fez um aceno a Motta na semana passada, depois da reunião com o novo presidente da Câmara. O ministro afirmou que a relação entre os dois ao longo dos últimos anos “não poderia ter sido melhor”.Horas depois, Haddad usou as redes sociais e voltou a elogiar a condução de Motta em propostas defendidas pelo governo na área econômica.A agenda entregue a Motta foi mais ampla, porque também incluiu os destaques para 2026 — a lista tinha 25 temas. Entre eles, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês.A proposta deve ser enviada oficialmente à Câmara nas próximas semanas, com expectativa para avanço das discussões ainda no primeiro semestre.