‘Atentado em Brasília não é fato isolado e grupos extremistas estão ativos’, afirma PF
O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, relatou nesta quinta-feira (14) que o episódio está conectado com outras ações
Brasília|Victoria Lacerda e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A PF (Polícia Federal) afirmou, nesta quinta-feira (14), que o atentado em Brasília, realizado por um homem-bomba na noite da última quarta-feira (13), não é um fato isolado. Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, destacou que o episódio está conectado com outras ações.
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“Inicialmente eu quero fazer o registro da gravidade da situação, que aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica, não só a Polícia Federal, mas todo o sistema. Porque entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas está conectado com várias outras ações, que inclusive a Polícia Federal tem investigado em período recente”, afirmou Rodrigues.
O diretor-geral da PF destacou que é um ato gravíssimo e mostra a vinculação com grupos radicais. Rodrigues disse que o autor do atentado estava em Brasília no início de 2023, mas que a investigação vai apontar se ele participou ou não dos atos golpistas de 8 de Janeiro.
“Segundo relatos de familiares, ele estava em Brasília no começo do ano de 2023. Ainda é cedo em dizer se houve participação direta ou não nos atos de 8 de Janeiro. Isso a investigação apontará. Mas ele estava no começo do ano. E na residência da Ceilândia, havia uma mensagem escrita nas paredes fazendo menção a um ato de pichação que foi feita no 8 de Janeiro, na estátua da Justiça”, declarou.
Na noite de quarta-feira (14), um carro explodiu no anexo 4 da Câmara dos Deputados. Segundos depois, um homem jogou um explosivo em frente ao STF. O segundo explosivo pegou nele próprio, o que ocasionou em sua morte. Conforme apurou a reportagem, o homem é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que inclusive foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020.
Os policiais concluíram a varredura na Praça dos Três Poderes e constataram que não há mais riscos na área. “Na área da Praça dos Três Poderes não há mais artefatos. Todos já foram retirados, em operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Federal”, afirmou o chefe de operações, Alexandre Patury. O inquérito sobre o episódio será relatado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.