Bolsonaro teria recebido pedras preciosas de presente durante campanha de 2022, diz CPMI
Comissão que investiga atos do 8 de Janeiro alega que itens não foram registrados como presentes recebidos pelo ex-presidente
Brasília|Do R7, em Brasília
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos extremistas de 8 de janeiro teve acesso a emails trocados entre integrantes da ajudância de ordens de Jair Bolsonaro (PL) que mostram o recebimento de pedras preciosas pelo ex-presidente, em 26 de outubro de 2022, durante a campanha eleitoral.
Segundo a CPMI, os itens não teriam sido registrados como presentes recebidos por Bolsonaro a mando do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, preso desde 3 de maio, por suspeita de fraudar cartões de vacinação.
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O R7 entrou em contato com a defesa de Bolsonaro e a de Mauro Cid, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. A comissão alega que as comprovações de recebimento dos presentes foram encontradas em emails encaminhados ao colegiado.
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As pedras preciosas teriam sido dadas a Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em Teófilo Otoni (MG). Nas mensagens, Mauro Cid teria instruído os demais ajudantes a guardarem o envelope e a caixa que continha os itens em um cofre.
De acordo com a CPMI, os presentes teriam sido dados ao ex-presidente como forma de financiamento dos atos de vandalismo de 8 de janeiro.
O caso foi apresentado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) na reunião da CPMI desta terça-feira (1°), a primeira desde o retorno do recesso parlamentar, que recebeu o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha.