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Brasil convoca sexta reunião do Conselho de Segurança da ONU, sobre conflito em Israel

Será o segundo encontro do grupo para tratar do tema; o primeiro ocorreu no domingo (8) e não resultou em declaração final

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, adiou a visita às Filipinas e viaja nesta quinta-feira (12) para Nova York, nos Estados Unidos, para participar da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas na sexta-feira (13), que tratará do conflito entre Israel e a Palestina. Neste mês de outubro, o organismo é presidido pelo Brasil, que convocou o encontro.

Essa será a segunda reunião do grupo desde que os ataques começaram. A primeira ocorreu no domingo (8) e não resultou em uma declaração final. Instituído em 1948 para zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional, o órgão tem cinco membros permanentes — China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Há ainda um grupo de dez membros não permanentes com mandato de dois anos. Atualmente, os dez países que ocupam essas vagas são: Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.

No Conselho de Segurança da ONU, o Brasil reafirmou sua posição humanitária e condenou os ataques a civis, além de ressaltar que a comunidade internacional deve buscar a contenção dos conflitos para "evitar uma escalada, com consequências imprevisíveis para a paz e a segurança internacional". Na reunião de sexta-feira (13), o país vai defender novamente essa posição e pedir intervenção humanitária.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo à ONU para uma intervenção humanitária internacional no Oriente Médio. Ele enviou uma mensagem ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e pôs o Brasil à disposição para uma ação com foco na libertação de crianças feitas reféns pelo grupo terrorista Hamas.


"Juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio. Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", disse Lula.

Segundo Lula, o cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas é um dos pontos mais urgentes dessa guerra. “O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”, finalizou o presidente.


O Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é classificado como organização terrorista pelos EUA, pela União Europeia e por Israel, lançou uma ofensiva sem precedentes no último sábado (7). Foram disparados, segundo o próprio grupo, mais de 7.000 mísseis em direção ao território israelense, em uma operação que o Hamas chamou de Dilúvio de Al-Aqsa.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu uma forte resposta ao Hamas por sua ofensiva militar de surpresa. "Estamos em guerra. Isso não é uma simples operação. [...] O inimigo pagará um preço sem precedentes", disse Netanyahu em uma mensagem de vídeo, na qual reconheceu que o Hamas lançou "um ataque-surpresa criminoso" e anunciou ter ordenado "uma extensa mobilização" de reservistas.

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