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R7 Brasília

BRB presta esclarecimentos a deputados do DF sobre pedido de compra do banco Master

Presidente do banco, Paulo Henrique Costa se colocou à disposição da Casa para explicar as negociações; entenda

Brasília|Do R7, em Brasília


O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, prestará esclarecimentos na próxima segunda-feira (7) na CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) sobre o pedido de compra do Banco Master. Segundo informações apuradas pelo R7, Paulo Henrique Costa se colocou à disposição da Casa para conversar ainda esta semana, mas ficou acordada a reunião com os deputados distritais às 15h da próxima segunda-feira a portas fechadas.

A informação foi confirmada pelo presidente da CLDF, Wellington Luiz. “Ele [Paulo Henrique Costa] foi chamado para segunda-feira que vem. Ele se colocou à disposição para ir inclusive ontem [31], mas primeiro conversei com os deputados. Como ele já tinha se colocado à disposição, a convocação não foi necessária”, explicou Wellington.


A reunião deve ser feita com os 24 parlamentares da Casa. Ainda na segunda-feira (31), Paulo Henrique Costa se encontrou com o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo.

O Banco Central já recebeu os documentos do pedido de compra, mas a análise do material deve levar vários meses. Primeiro, o Banco Central vai verificar se as duas instituições financeiras entregaram todos os documentos, depois abrir a instrução processual e começar a contar o prazo de 360 dias para analisar o que foi entregue. Se faltarem documentos, o Banco Central abre um prazo adicional.


No único pronunciamento oficial até agora, o BC informou apenas que a análise da operação seguirá os requisitos da resolução 4.970 de 2021 do Conselho Monetário Nacional (CMN). “Quando protocolado o pedido pelo Banco Master, o BC vai avaliar o pedido tecnicamente quanto ao cumprimento dos requisitos aplicáveis a operações da espécie”, informou a autarquia.

Entenda

No fim da tarde de sexta-feira (28), o presidente do BRB anunciou a intenção de comprar o Banco Master por R$ 2 bilhões. Na proposta, o BRB ficaria com 58% do capital total e 49% das ações ordinárias do Master. Segundo o banco estatal do Distrito Federal, os R$ 2 bilhões equivalem a 75% do patrimônio consolidado do Master, conforme demonstrações financeiras auditadas pela PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das principais empresas de auditoria do mundo.


O Banco Master tem uma política agressiva para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI) a quem compra papéis da instituição financeira, marcas superiores às taxas médias para bancos pequenos, em torno de 110% a 120% do CDI.

No entanto, sem ter publicado o balanço de dezembro, o Master enfrenta a desconfiança do mercado financeiro. Recentemente, a instituição financeira tentou uma emissão de títulos em dólares, mas não conseguiu captar recursos. Operações do banco com precatórios, títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva, também aumentaram dúvidas sobre a situação financeira da instituição.

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