Caso Louise: homem que matou aluna da UnB em 2016 está foragido desde sexta
Vinícius Neres Ribeiro foi condenado a 22 anos pelo feminicídio de Louise Ribeiro, dentro de um laboratório da UnB
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
Vinícius Neres Ribeiro, condenado pelo assassinato de Louise Ribeiro em 2016, fugiu na última sexta-feira (7). Ele está em regime semiaberto e fazia trabalho externo durante o dia, mas não voltou para a unidade penal para o pernoite. A Seape (Secretaria de Administração Penitenciária) afirma que ele está foragido.
Vinícius foi condenado a 22 anos por homicídio quadruplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio; além de 1 ano e 10 dias multa por ocultação e destruição de cadáver, somando uma pena de 23 anos em inicialmente em regime fechado. Posteriormente, o regime mudou para semiaberto.
A Seape reforça que qualquer informação sobre o paradeiro de foragidos do sistema penitenciário pode ser comunicada à Polícia Penal do DF pelo telefone (61) 99666-6000, à Polícia Militar (PMDF) pelo 190 ou à Polícia Civil (PCDF) pelo 197. As denúncias são recebidas de forma anônima.
Relembre o caso
Louise Ribeiro, de 20 anos, era estudante do curso de biologia da UnB (Universidade de Brasília) e estava no 4º semestre. No dia 10 de março de 2016, ela foi chamada pelo ex-namorado Vinicius Neres, então com 19 anos e também estudante da UnB, até um laboratório da universidade. No local, ele a imobilizou, obrigou a inalar clorofórmio e depois a forçou a beber 200ml da substância.
Após a morte de Louise, Vinicius enrolou o corpo em um colchão inflável e o levou até o carro dela em um carrinho de mão. Ele então dirigiu até um matagal perto da Universidade, onde ateou fogo na cabeça e na área genital da vítima e deixou o local.
No dia seguinte, a polícia já tinha sido notificada do desaparecimento da estudante e fazia buscas na UnB. Vinícius foi questionado do paradeiro de Louise, admitiu o crime e levou os policiais até o local onde o corpo estava. Os agentes posteriormente pontuaram a frieza e falta de emoção que o criminoso demonstrou durante todo o momento.
No ano seguinte, Vinícius foi condenado. A morte da estudante marcou a história da UnB e impactou os jovens da época. O Instituto de Ciências Biológicas da UnB nomeou um jardim em homenagem a Louise, que é o primeiro jardim naturalista de Cerrado do mundo. O local é cuidado por professores, estudantes e técnicos e é aberto ao público. Até hoje, é possível encontrar “Louise Presente” escrito pelos corredores da universidade.