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R7 Brasília

Caso Marielle: ex-chefe da Polícia Civil do Rio nega contato com irmãos Brazão

Delegado Rivaldo Barbosa está preso desde março por supostamente atrapalhar as investigações dos assassinatos

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Delegado Rivaldo Barbosa depõe no Conselho de Ética da Câmara TV Câmara/Reprodução

O delegado Rivaldo Barbosa, preso por suposta obstrução das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, declarou nesta segunda-feira (15) que não teve influência nas investigações e que nunca teve contato com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, prestou depoimento ao Conselho de Ética da Câmara no processo que pede a cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

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A investigação da Polícia Federal revela que o delegado interferiu nas investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele também teria ajudado a planejar o crime e oferecido proteção aos mandantes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. No depoimento, o delegado negou todas as acusações. Barbosa depôs de forma virtual, já que está preso desde 24 de março.

“Eu não fiz nada. A única coisa que eu fiz foi indicar o delegado que prendeu o Ronnie Lessa, o delegado Giniton [Lages], com provas técnicas. Eu nunca falei com nenhum irmão Brazão, nunca falei com essas pessoas na minha vida. Eu não existo para eles, e eles não existem para mim”, afirmou.

Segundo o inquérito da PF, o ex-chefe da Polícia Civil também fez um acordo com a dupla que garantia o não avanço das investigações. O delegado Giníton Lages — primeiro a ficar à frente das investigações do caso Marielle na Divisão de Homicídios — e o comissário Marco Antônio Barros também são investigados por atrapalhar as investigações.


Rivaldo também afirmou que os irmãos Brazão foram investigados pela Polícia Civil, mas disse não conhecer o conteúdo da investigação. “Eu tinha 170 delegacias. A única coisa que sei é que todos foram investigados, inclusive os irmãos [Brazão]. Todas as informações que chegavam ao delegado Giniton, ele abria uma ala para que fosse investigado. A Polícia Civil quebrou o sugilo deles [irmãos Brazão] e da família toda”, comentou.

O outro depoimento colhido pelo conselho foi o de Willian Coelho, vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Domingos Brazão deverá ser ouvido em uma sessão na terça-feira (16).

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