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‘Confundindo Brasília com Nova York’, diz Ibaneis após Trump criticar segurança da capital

Governador do DF vai enviar resposta diplomática à embaixada dos EUA com números da segurança no DF

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ibaneis responde a críticas de Trump sobre a segurança em Brasília.
  • O Governador afirma que Trump está confundindo Brasília com Nova Iorque.
  • A declaração surge em meio a preocupações sobre a segurança da capital brasileira.
  • Notícias diárias do Brasil e do mundo são divulgadas pelo R7, portal da Record.

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Ibaneis rebateu fala de Trump sobre segurança de Brasília José Cruz/Agência Brasil - Arquivo

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse nesta terça-feira (12) que o presidente norte-americano, Donald Trump, “está confundindo Brasília com Nova York e eu com o Lula”. Fala foi em resposta a afirmação de Trump de que a capital brasileira seria um dos “piores lugares do mundo”, associando a cidade a outras com altos índices de violência.

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Segundo a SSP (Secretária de Segurança Pública) do DF, no ano passado foram registrados 6,8 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1977, que teve 14/100 mil. O Atlas da Violência 2025, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), fala em 11 mortes a cada 100 mil pessoas em Brasília. Trump apresentou um número errado, sem citar fontes, dos casos de homicídios em Brasília. Segundo ele, a capital brasileira teria um índice de 13 a cada 100 mil habitantes.


Carta a Trump

No final da manhã, Ibaneis encaminhou uma carta ao presidente norte-americano Donald Trump em que pontuava que os dados sobre Brasília apresentados por ele estariam equivocados, “possivelmente decorrentes da atual ausência de um diálogo mais consistente” entre os países.

No documento, Ibaneis explicou que cada ente federativo no Brasil possui autonomia para estruturar e conduzir a própria segurança pública. “Nesse contexto, o Governo do Distrito Federal, por mim conduzido, é de centro-direita, em oposição ao atual Governo Federal, de esquerda. Por isto, a segurança pública da capital do Brasil tem por foco resultados concretos, livre de vieses ideológicos”, completa.


O governador se posicionou contrário ao posicionamento do presidente Lula sobre as recentes tarifas americanas, e disse ter promovido uma reunião entre governadores “com o objetivo de defender a abertura do diálogo direto com o governo norte-americano”.

“Diferentemente do atual Governo Federal, acredito no diálogo e na força das relações diplomáticas. Tenho, de forma reiterada, afirmado que o Governo Federal deve abandonar disputas ideológicas e adotar uma postura pragmática nas relações internacionais, abrindo canais de negociações produtivas com os Estados Unidos da América. Para este Governo do Distrito Federal, interesses geopolíticos e comerciais devem estar acima de divergências político-partidárias”, destacou.


Entenda

Na segunda-feira (11), durante o anúncio sobre a intervenção federal na segurança de Washington D.C., o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou Brasília ao justificar a decisão de acionar as tropas da Guarda Nacional.

Ao mostrar um gráfico com a taxa de homicídio de locais como Cidade do Panamá, Bogotá e Brasília, Trump afirma que Washington D.C. tem um índice maior que em lugares vistos como os “piores do mundo”. Segundo ele, a capital dos EUA aparece com 41 homicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto Brasília teria 13 a cada 100 mil.


“A taxa de homicídio em Washington hoje é maior do que Bogotá, na Colômbia, Cidade do México e outras cidades que você escuta sendo os piores lugares do mundo. Muito maior, isto é muito maior. Nós dobramos Bagdá, Cidade do Panamá, Brasília, Bogotá. Vocês querem viver em lugares como este? Eu acho que não”, disse.

Durante o comunicado, o presidente norte-americano afirmou que a capital dos Estados Unidos estaria com altos níveis de violência, incluindo homicídios, assaltos e furtos. Dessa forma, Trump decidiu assumir o controle da polícia local e enviar soldados da Guarda Municipal para Washington.

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