CPI do DF retoma trabalhos na quinta-feira; depoimentos de generais marcaram 1º semestre
Cinco depoimentos estão agendados para agosto; Mauro Cid e Anderson Torres devem ser ouvidos pelos deputados distritais
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) volta do recesso parlamentar na próxima terça-feira (1º), e os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, que apura os ocorridos em 12 de novembro de 2022 e de 8 de janeiro 2023 em Brasília, serão retomados a partir da próxima quinta-feira (3).
Durante o primeiro semestre, o colegiado ouviu 16 depoimentos de suspeitos de participação direta nos atos extremistas e de autoridades de segurança pública do DF e do governo federal. Ao todo, foram produzidos 168 requerimentos, como solicitações de informação, cópias de documentos, convocações para depor, entre outros.
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Para o presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), a história está sendo esclarecida. "O desenrolar dos trabalhos foi bom, ouvimos muita gente, trabalhamos bastante. Foi importante para a elucidação dos acontecimentos", disse.
Entre os já ouvidos estão três generais do Exército — Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Gustavo Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto; e Gonçalves Dias, também ex-ministro-chefe do GSI. Antes do recesso, a CPI aprovou o requerimento de convite a mais um general, o ex-secretário-executivo do GSI general Carlos Assunpção Penteado. A data do depoimento ainda não foi definida.
Na próxima quinta-feira (3), a comissão ouvirá o depoimento do major da Polícia Militar do DF Flávio Silvestre de Alencar. Ele é suspeito de ter ordenado a retirada das tropas da PM dos arredores do Congresso Nacional, o que facilitou a invasão pelos criminosos. O policial foi preso na 12ª fase da Operação Lesa Pátria. Após o recesso, Chico Vigilante afirma que os depoimentos continuarão sendo colhidos para esclarecimento dos fatos. "Vamos continuar nessa linha", disse.
Contando com o major, cinco depoimentos estão agendados para o mês de agosto, com destaque para a oitiva do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, no dia 10, e do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro Mauro Cid, no dia 24.