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R7 Brasília

Criminosos usavam nome de escritório de advocacia de Ibaneis para aplicar golpes

Polícia cumpre 12 mandados de busca e apreensão no Ceará e Recife; até o momento seis envolvidos foram identificados

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Criminosos usavam nome do escritório do Ibaneis Renato Alves/ Agência Brasília - 6.

A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) investiga um grupo criminoso suspeito de aplicar golpes usando o nome do escritório de advocacia do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Segundo a investigação, a associação criminosa atuava em diversos estados e aplicava golpes virtuais.

Nesta sexta-feira (8) os agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em Fortaleza (CE), Recife (PE) e regiões metropolitanas das capitais.

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Em agenda oficial no Palácio do Buriti, o governador comentou o caso. “Estou afastado do escritório desde que assumi o governo em 2019, mas a gente termina sabendo dos fatos, eu encontro com meus sócios. Então, foi comunicado à Polícia Civil, não foi só o nosso escritório, nós temos outros escritórios que atuam nessa área de servidores públicos aqui no DF, que trabalham com precatórios, que também foram vítimas do golpe. E a polícia civil mais uma vez dá um exemplo de capacidade”, disse.

Ibaneis também elogiou os agentes. “Faço o meu agradecimento muito especial aos trabalhadores da polícia, em especial da ª5 DP, que foi quem fez toda essa apuração e ao Poder Judiciário que determinou essas buscas. Fraude sempre existe, mas nós continuar combatendo e eu tenho certeza que com a política qualificada que nós temos no Distrito Federal bandido aqui não se cria”, disse.


Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Brasília e a operação é resultado de sete meses de investigação da Polícia Civil. Segundo a corporação, as vítimas eram induzidas a transferir quantias para a conta de uma pessoa física a título de custos para o levantamento de alvarás e recebimento de valores disponíveis, supostamente oriundos de vitórias em ações judiciais.

Os criminosos utilizam número de processos reais e se passavam por advogados que de fato atuavam na causa específica do cliente. Em fase de conclusão, o inquérito policial contou com a adoção de medidas cautelares deferidas pela Justiça. Até o momento, seis integrantes do grupo já foram identificados.


Eles responderam por falsa identidade, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, eles podem cumprir até 20 anos de prisão.

Nas últimas semanas, o escritório Ibaneis Advocacia chegou a publicar nas redes sociais um alerta aos clientes. Na mensagem, eles informaram que o escritório “não solicita depósito de precatórios” e pede para os clientes ficarem atentos e entrarem em contato em casos de dúvidas.

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