Depois da COP28, Lula chega à Alemanha e é recebido por chanceler Olaf Scholz com jantar
Petista deve ficar em território alemão até a próxima terça-feira (5); estão previstas assinaturas de diversos acordos bilaterais
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à Alemanha neste domingo (3), por volta das 10h (horário de Brasília). O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, recebeu o petista com um jantar de boas-vindas na chancelaria federal do país. Scholz e Lula vão discutir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, cujas negociações estão em fase final. Lula deve ficar na Alemanha até a próxima terça-feira (5).
Na segunda-feira (4), o presidente brasileiro participa de reunião com ministros da Alemanha e do Brasil. Estão previstas as assinaturas de diversos acordos bilaterias, relativos ao meio ambiente e mudança climática, agricultura, bioeconomia, saúde, ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento global, integridade da informação e combate à desinformação.
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Antes, Lula vai se encontrar com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Ainda na segunda (4), o petista participa de fórum empresarial, com representantes brasileiros e alemães. A primeira-dama, Janja da Silva, acompanha Lula na viagem.
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De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre Brasil e Alemanha chegou a US$ 19 bilhões em 2022. De janeiro a outubro deste ano, as trocas alcançaram US$ 15,9 bilhões. Mais de mil empresas da Alemanha atuam em solo brasileiro.
Emirados Árabes
Antes de desembarcar na Europa, Lula cumpriu agenda em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participou da 28ª Conferência de Mudança Climática das Nações Unidas (COP28). Neste domingo (3), o presidente brasileiro conversou com jornalistas em Dubai, antes de se dirigir à Alemanha, e fez um balanço da participação do país na COP28. Lula também comentou o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
No sábado (2), o presidente da França, Emmanuel Macron, expressou firme oposição à parceria de livre-comércio. Para ele, a iniciativa contraria a defesa da biodiversidade e o combate às mudanças do clima. "É um acordo que não é bom para ninguém", declarou o francês.
Lula aproveitou para rebater as falas de Macron neste domingo (3). "A posição do nosso companheiro presidente da França é conhecida historicamente. A França sempre foi o país que criou obstáculo no acordo. Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar clara é que não digam mais que é por conta do Brasil. E que não digam mais que é por conta da América do Sul. Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais. E nós não somos mais colonizados. Nós somos independentes", respondeu Lula.