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Deputado quer incluir 'vale-Uber' e ampliar custo da PEC dos Benefícios para R$ 50 bilhões

Relator da proposta, Danilo Forte vai levar o tema para discussão com Lira e líderes da Câmara em reunião nesta segunda (4)

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Deputado federal Danilo Forte (União-CE)
Deputado federal Danilo Forte (União-CE) Deputado federal Danilo Forte (União-CE)

Relator da PEC(proposta de emenda à Constituição) dos Benefícios, que cria auxílio financeiro para caminhoneiros e taxistas e amplia os valores do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás, Danilo Forte (União-CE) quer incluir na proposta a previsão de um auxílio-gasolina também para motoristas de aplicativos, como o Uber. Ele vai levar a ideia para discussão em reunião na tarde desta segunda-feira (4) com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e lideranças da Casa.

A PEC, aprovada no Senado na semana passada, prevê auxílio a taxistas a ser pago de julho a dezembro deste ano. Na avaliação do relator, motoristas de aplicativos também sofrem com o alto preço de combustíveis e, por isso, precisam de auxílio. O custo do pacote é de R$ 41,25 bilhões, previstos fora do teto de gastos. Forte, no entanto, prevê a ampliação para R$ 50 bilhões.

O relator também avalia a possibilidade de retirar o trecho que institui estado de emergência até o fim do ano para ampliar o pagamento de benefícios sociais. O trecho é criticado por alguns segmentos, que apontam a possibilidade de insegurança jurídica. O deputado solicitou estudos para analisar se é possível garantir os valores previstos na PEC sem decretar o estado de emergência, segundo informou a assessoria de imprensa do parlamentar nesta segunda-feira (4).

Forte confirmou no domingo que seria o relator da PEC e que a proposta será apensada à PEC dos Biocombustíveis, que prevê benefícios fiscais com o objetivo de garantir a competitividade dos combustíveis com fontes de energia renováveis em relação aos combustíveis fósseis. A proposta também é relatada por ele. O relatório do deputado será analisado pela Comissão Especial na próxima quarta-feira (6).

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A junção das duas PECs faz parte da intenção da Câmara de dar maior celeridade à tramitação da PEC dos Benefícios. Isso porque a proposta dos biocombustíveis já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e está na Comissão Especial. Juntar as duas propostas significa que a matéria que prevê ampliação de benefícios sociais poderá pular uma etapa de tramitação. A ideia é votar a matéria antes do início do recesso legislativo, que começa no dia 17 de julho.

Inicialmente, a PEC dos Benefícios iria apenas dispor sobre um auxílio financeiro do governo federal para os estados que reduzirem a zero a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações que envolvam diesel, gás natural e gás de cozinha. A matéria, no entanto, foi alterada no Senado e aprovada por quase unanimidade, com apenas um voto contrário, do senador José Serra (PSDB-SP).

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PEC dos Benefícios

De acordo com o texto, será instituído um auxílio mensal aos caminhoneiros no valor de R$ 1.000, entre julho e dezembro deste ano. O benefício deve custar R$ 5,4 bilhões e pode beneficiar quase 900 mil profissionais. Para evitar o recebimento indevido do voucher, somente transportadores registrados como autônomos no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) até 31 de maio de 2022 farão jus ao benefício.

O auxílio aos taxistas instituído pela PEC deve custar R$ 2 bilhões. A proposta, contudo, não definiu qual será o valor individual do subsídio a cada motorista de táxi. Para ter direito à ajuda, os taxistas precisarão apresentar um documento de permissão para prestação do serviço, feito pelo poder público municipal ou distrital, que tenha sido emitido até 31 de maio deste ano.

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No caso do Auxílio Brasil, o benefício passará dos atuais R$ 400 para R$ 600, o que deve representar um custo de R$ 26 bilhões. O novo valor vai ser pago entre agosto e dezembro. De acordo com a matéria, o governo terá de zerar a fila para recebimento do benefício. Assim, a previsão é que o programa passe a atender 19,8 milhões de famílias.

A PEC ainda determina que o valor do Auxílio Gás seja dobrado. Atualmente, as famílias beneficiadas têm direito a um valor equivalente ao preço de meio botijão de gás de 13 kg por bimestre. Com a proposta, o auxílio será elevado para o equivalente ao preço de um botijão de gás a cada dois meses. O novo valor valerá de julho até o fim de 2022.

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