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Desoneração será definida na próxima semana, diz relator na CCJ

O projeto tramita em caráter terminativo na comissão. Parecer do deputado Marcelo Freitas mantém abono fiscal para 17 setores

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Segundo deputado Marcelo Freitas, análise deverá ser concluída na próxima semana
Segundo deputado Marcelo Freitas, análise deverá ser concluída na próxima semana Segundo deputado Marcelo Freitas, análise deverá ser concluída na próxima semana

Mesmo com PEC dos Precatórios ainda tramitando no Senado, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados irá pautar a discussão do projeto da desoneração da folha de pagamento para a próxima quarta-feira (17). A informação é do relator da proposta na comissão, deputado Delegado Marcelo Freitas[PSL-MG]. 

O acordo interno feito pelos articuladores do projeto da desoneração com a base do governo foi atramitação simultânea ou sucessiva à da PEC dos Precatórios. A justificativa era a de que o governo federal precisava abrir espaço no orçamento para bancar a renúncia fiscal. 

"A expectativa é de resolvermos já na próxima semana. Tudo conforme o conversado", afirmou Freitas ao R7. O relatório foi apresentado nesta quarta-feira (10) aos membros da CCJ e, ainda de acordo com o relator, deve ser pautado nesta quinta-feira (11) para deliberação na próxima sessão. 

No parecer, Freitas decidiu pela admissibilidade do projeto, justificando que os requisitos constitucionais e regimentais foram preenchidos. Isso significa a análise favorável à manutenção da desoneração da folha aos 17 segmentos atualmente beneficiados, incluindo setores da indústria, dos serviços, dos transportes e da construção. 

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A proposição prorroga, até 31 de dezembro de 2026, o adicional de um ponto percentual da alíquota da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação), previsto no § 21 do art. 8º da Lei nº10.865, de 30 de abril de 2004.

Por outro lado, nenhuma das 15 emendas que poderiam ampliar a desoneração a outros setores foi acatada. A justificativa geral foi a falta de previsão orçamentária. "Apesar do elevado mérito, são inconstitucionais pois infringem o art. 113 do ADCT [Ato das Disposições Constitucionais Transitórias]". O artigo diz que a criação ou alteração de despesa obrigatória ou renúncia de receita "deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro".

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Freitas reconheceu, no entanto, o objetivo que definiu como nobre das emendas. Segundo o parlamentar, elas "buscam tão somente colocar o país novamente na rota de crescimento". "Contudo, isso não pode ser feito em detrimento da Constituição e do Ordenamento Jurídico pátrio. Infelizmente, então, não há como acatá-las."

Ao final do parecer, Freitas aproveitou para reiterar a necessidade de manter a desoneração dos 17 setores da economia. Para ele, com a aprovação da matéria, "o Brasil terá todo incentivo para crescer, ampliar as oportunidades de emprego e melhorar a renda dos trabalhadores. Esses efeitos certamente darão o estímulo necessário para que a economia volte a ampliar". 

Se aprovado o relatório, a matéria vai direto ao Senado, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados, visto que a tramitação é de caráter conclusivo. Apenas se algum parlamentar apresentar recurso contra a conclusividade e conseguir apoio de um décimo dos deputados é que o projeto passa pelo plenário. 

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