Dino se reúne nesta segunda com o governo do RJ para discutir o combate ao crime organizado
Segundo o ministro da Justiça, o encontro será às 18h e vai tratar de ações para descapitalizar as facções que atuam no estado
Brasília|Giselle Santos, do R7, em Brasília

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que deve se reunir com representantes do governo do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (30), para discutir a criação de um grupo conjunto de combate à lavagem de dinheiro e para apreensão de bens de organizações criminosas que atuam no estado. O objetivo, segundo Dino, é fortalecer as ações contra as fontes de renda que financiam as atividades dessas facções.
"A meta é fortalecer as ações de descapitalização das facções, conforme temos feito desde o início do mandato do presidente Lula, em janeiro", informou o ministro nas redes sociais.
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Na última segunda-feira (23), 35 ônibus foram incendiados na zona oeste do Rio de Janeiro, em ações orquestradas por milícia. Os crimes foram uma resposta à morte de Matheus Rezende em uma operação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz. Ele era o segundo homem da hierarquia do grupo e sobrinho de Zinho, um dos criminosos mais procurados do estado. O município entrou em estado de atenção.
Mais de 30 ônibus foram incendiados em diversos pontos da zona oeste do Rio de Janeiro, incluindo cinco articulados do BRT, nesta segunda-feira (23), em um ataque que teria sido orquestrado pela maior milícia da região
Mais de 30 ônibus foram incendiados em diversos pontos da zona oeste do Rio de Janeiro, incluindo cinco articulados do BRT, nesta segunda-feira (23), em um ataque que teria sido orquestrado pela maior milícia da região
O ministro Flávio Dino disse na última terça-feira (24) que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usar as Forças Armadas para conter a onda de violência no Rio de Janeiro. Além da Força Nacional, os efetivos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no estado foram ampliados.
O presidente prometeu ajuda para combater o crime organizado, mas descartou a possibilidade de uma intervenção federal no estado.
“Enquanto eu for presidente, não tem GLO [Garantia da Lei e da Ordem]. Nós vamos ajudar. Nem a Polícia Federal tem que fazer o papel da polícia do estado”, disse o presidente. "Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido”, afirmou na sexta-feira (27), em encontro com a imprensa.
Durante o programa Conversa com o Presidente, na última terça (24), Lula chegou a dizer que intervenções anteriores no estado não resultaram "em nada".
"Vamos ver como a gente pode entrar e participar ajudando. Não queremos pirotecnia, não queremos fazer intervenção no Rio de Janeiro, como já foi feito e que não resultou em nada. Não queremos tirar autoridade do governador nem do prefeito, queremos compartilhar com eles e trabalhar juntos uma saída", afirmou o petista.








