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Duas pessoas são vítimas de golpes virtuais por hora no DF; saiba como evitar

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que os estelionatos virtuais cresceram 54% no ano passado na capital

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

DF é a terceira unidade federativa com maior número de casos
DF é a terceira unidade federativa com maior número de casos DF é a terceira unidade federativa com maior número de casos

A cada hora, pelo menos duas pessoas foram vítimas de estelionato virtual no Distrito Federal no ano passado, apontam dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A média é o resultado do total de 15.580 boletins de ocorrência registrados no período, número 54% maior do que o de 2021, quando foram notificados 10.049 casos na capital federal.

O Brasil todo registrou 200 mil casos de estelionato virtual no ano passado — aumento de 66% em relação a 2021. O Distrito Federal ocupa a terceira posição no ranking das unidades da Federação com mais casos de estelionato virtual, ficando atrás de Santa Catarina, com 64 mil casos, e de Minas Gerais, com 35 mil. Estados como São Paulo e Rio de Janeiro não apresentaram informações, o que pode explicar a posição na lista.

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As fraudes eletrônicas, ou golpes virtuais, são cometidas pelas redes sociais, por contatos telefônicos ou mensagens em que os criminosos geralmente usam informações pessoais das vítimas para induzi-las ao erro. O artigo 171 do Código Penal, que inclui o crime de fraude eletrônica, estabelece pena de quatro a oito anos de prisão.

Para o especialista em cibersegurança Eduardo Nery, o número de golpes virtualis no DF pode estar relacionado à concentração de órgãos públicos e sedes de bancos. "As bases de dados desses órgãos podem ser suscetíveis a vazamento, então utilizam essas bases para cometerem fraude", explica.

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O especialista ainda diz que, pelo fato de o risco ser menor do que em outros crimes, os estelionatos virtuais se tornam cada vez mais comuns. "Muitos golpes, como o do Pix, não são de hackers. É alguém com um poder de convencimento que consegue obter informações", afirma.

Segundo Nery, 90% das fraudes são cometidas com credenciais válidas, ou seja, com usuário e senha corretos, o que facilita os ataques. Ele afirmou que, atualmente, a maior parte dos sistemas do governo solicita apenas usuário e senha — sem outro fator de autenticação, como um código enviado ao celular, deixando-os mais vulneráveis.

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Como se proteger?

O especialista dá dicas para evitar ataques cibernéticos. Confira:

• Utilize senhas mais elaboradas e com variações de letras, números e caracteres;

• Fuja de nome de filhos, data de nascimento, nome de ídolos e times de futebol;

• Altere as senhas com frequência de pelo menos 30 dias;

• Evite se conectar a redes de wi-fi públicas, como em restaurantes e hotéis;

• Mude a senha do roteador da internet de casa;

• Não clique em links desconhecidos;

• Tenha atenção ao fornecer dados a sites e apps, bem como por telefone ou mesmo presencialmente;

• Mantenha o antivírus atualizado nos dispositivos de informática;

• Não aceite ajuda de estranhos em estabelecimentos bancários;

• Para instituições, é importante investir em ferramentas antifraude.

Em maio, uma mulher foi presa no DF por suspeita de aplicar o golpe do falso perfil para enganar e coagir pessoas pela internet. Com cerca de 60 ocorrências por estelionato, a suspeita causou um prejuízo de quase R$ 100 mil entre 2019 e 2023. Segundo a Polícia Civil, um morador da capital federal foi obrigado a transferir R$ 4.000 para a mulher para que ela não revelasse conversas íntimas, mantidas com um perfil falso, em um site de relacionamentos na internet (veja mais aqui).

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