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R7 Brasília

'Espero que o Senado repita a votação da Câmara', diz Lula sobre reforma tributária

Presidente diz que aprovação do texto foi importante para o Brasil e quer que o Congresso conclua análise até o fim do ano

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente Lula (PT) em live nas redes sociais
O presidente Lula (PT) em live nas redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (11) que espera que o Senado siga os passos da Câmara dos Deputados e também aprove o texto da reforma tributária. Segundo o chefe do Executivo, o Congresso Nacional precisa concluir a análise da matéria até o fim do ano. A proposta foi aprovada pelos deputados em dois turnos na última quinta-feira (6).

“Estou feliz porque foi uma semana muito importante para o Brasil. Não foi importante para o governo, foi importante para o Brasil. Espero que o Senado repita a votação da Câmara e que a gente chegue ao fim do ano com uma política tributária nova, para a gente nunca mais ficar falando de política tributária nesse país”, comentou o presidente em live nas redes sociais.

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Durante a transmissão, o presidente falou sobre a negociação do governo com deputados para viabilizar a aprovação da reforma. Na semana passada, em meio à votação da reforma e do projeto de lei que retoma o voto de qualidade do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), Lula empenhou (reservou para uso) um valor recorde de R$ 8,5 bilhões em emendas parlamentares. A quantia corresponde a mais da metade do que foi empenhado ao longo de todo o ano, R$ 16,2 bilhões.

“Você precisa convencer a maioria, e isso aconteceu com muita persistência, habilidade do nosso ministro da Fazenda, o companheiro [Fernando] Haddad, do nosso líder no Senado, o Jaques Wagner, do líder na Câmara, José Guimarães, do nosso ministro [Alexandre] Padilha. É preciso ter paciência, conversar com quem você gosta e quem não gosta, ouvir coisas boas e ruins, e aí se dá a negociação”, disse.


“Seria importante que a gente não precisasse negociar. O ideal seria que um partido elegesse todo mundo; não dá. Seria importante que os setores progressistas elegessem maioria; não aconteceu. Então, você não negocia com suplente. Você negocia com quem foi eleito, com quem tem mandato, e tem que estar aberto a conversar. Precisamos construir essa governabilidade, e ela foi construída para votar a política tributária. Não era coisa de interesse do Haddad, do Lula. Era coisa de interesse do país. O país precisava da política tributária”, afirmou.

O presidente disse que não negocia com o centrão, mas sim com partidos políticos. Além disso, frisou que precisa ir atrás de votos para manter a governabilidade. “O que é uma maioria para governar? É você ter tranquilidade de votar as coisas que o governo considera que são importantes para o país, para a sociedade brasileira, você tem que ter uma maioria, porque senão você se mata.”

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