Faculdade da UnB adota aula remota em turmas após suspeita de varíola do macaco
Decisão desta quinta foi para evitar aproximação com dois alunos que tiveram contato com pessoas diagnosticadas com a doença
Brasília|Rossini Gomes, do R7, em Brasília
A Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) suspendeu as aulas presenciais em algumas turmas nesta quinta-feira (4) para evitar a propagação da varíola do macaco. A decisão, que pode ser prorrogada, foi comunicada pela diretora da faculdade, Dione Moura, por meio de um e-mail enviado aos universitários.
No texto, a diretora afirma que a direção da faculdade recebeu a informação de "dois casos de estudantes em contato com pessoas positivas para 'varíola dos macacos'". Diante disso, segue o e-mail, "as disciplinas que tais estudantes participam irão adotar a prática dos exercícios domiciliares. E passamos os contatos dos estudantes para a CoAVS-UnB (setor de vigilância epidemiológica)".
Ao R7, Dione Moura afirmou que o afastamento do contato entre os universitários foi uma forma de precaução. "Enviei um e-mail para o Núcleo de Vigilância em Saúde comunicando que iria tomar essa medida preventiva", disse.
No entanto, como essa resposta não veio, fiz a recomendação [aos estudantes]. São vidas", explicou a diretora. "Acredito que o núcleo será ágil, rápido, porque a vigilância tem uma rotina, um calendário".
A diretora da Faculdade de Comunicação afirmou também que a decisão toma como base uma recomendação semelhante contra a Covid-19. "A UnB tem uma medida que diz para afastar o estudante que tiver caso positivo de Covid-19, ou suspeito, ou contato com alguém positivo. Então, o que estou fazendo tem um fundamento legal. Estou fazendo o que um gestor público deve fazer dentro de uma instituição pública", argumentou Dione.
De acordo com a diretora, até que o Núcleo de Vigilância em Saúde se manifeste no sentido de informar a situação dos dois estudantes que tiveram contato com pessoas positivas, ela manterá as aulas remotas.
O que diz a UnB
Procurada pelo R7, a Universidade de Brasília informou que "casos suspeitos devem permanecer afastados de suas atividades e seguir rigorosamente as orientações dadas pela equipe de saúde".
"A orientação para as pessoas da comunidade que estiveram em contato próximo com alguém que possa ter a doença é ficarem atentas ao aparecimento de sintomas como febre, mal estar ou qualquer lesão dermatológica. Na ausência de sintomas, as atividades continuam de forma ordinária."