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Flávio Bolsonaro diz que ações contra o pai partem de pessoas 'puxando saco de Lula'

Senador citou o pedido da PGR por informações dos seguidores do ex-presidente nas investigações do 8 de Janeiro

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Flávio Bolsonaro diz ser 'um constrangimento' ao pai
Flávio Bolsonaro diz ser 'um constrangimento' ao pai

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta quarta-feira (19), que a ação em que o Ministério Público Federal pede acesso a dados referentes aos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais "é um óbvio constrangimento" ao ex-chefe do Executivo. O senador disse perceber um movimento de pessoas com "pretensão de assumir cargos por indicação do governo federal puxando o saco" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sem citar nomes, Flávio afirmou que há pessoas "fazendo gestos para serem vistas, serem lembradas, para assumir uma vaguinha na PGR [Procuradoria-Geral da República], uma vaguinha no Supremo Tribunal Federal". Ele disse ainda que esse movimento vai contra o poder e dever de zelar pela Constituição, o que configura abuso de autoridade. 

Parece que Lula colocou uma cenourinha pendurada na varinha na frente da pessoa%2C que fica indo atrás da cenourinha%2C achando que%2C em algum momento%2C vai ser recompensada por estar fazendo covardia com Bolsonaro. Essa é a verdade nua e crua do que está acontecendo hoje no Brasil.

(Flávio Bolsonaro, senador)

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A PGR ressaltou que o pedido por dados dos seguidores, feito no STF, visa obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente, tendo em vista os fatos ocorridos no 8 de Janeiro.

A ação partiu do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que afirmou no documento que há "extrema dificuldade" em identificar um especialista em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro que execute "um trabalho isento, sem nenhum viés ideológico ou partidário". 


A defesa do ex-presidente classificou o pedido feito pelo MPF de uma "tentativa de monitoramento político".

Em janeiro, Moraes autorizou a inclusão do ex-presidente da República na investigação que apura a invasão com depredação de patrimônio público do Palácio do Planalto e dos prédios do Congresso Nacional e do STF. A decisão do ministro atendeu a um pedido da PGR.

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