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'Foi um ultimato', diz encarregado ucraniano sobre negociação com a Rússia

Anatoliy Tkach afirmou que, por parte da Rússia, não há uma tentativa de acordo, mas um pedido de rendição

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília, e Edilson Cordeiro, da Record TV

Segundo Anatoliy Tkach, Rússia não quer um acordo, mas uma rendição
Segundo Anatoliy Tkach, Rússia não quer um acordo, mas uma rendição Segundo Anatoliy Tkach, Rússia não quer um acordo, mas uma rendição

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou, nesta quarta-feira (2), que a primeira rodada de negociações entre a Rússia e a Ucrânia não foi bem-sucedida por se tratar de um ultimato, e não de uma legítima tentativa de acordo. "Estamos abertos a negociações, mas devem ser negociações, e não ultimatos da parte russa", disse. 

Segundo Tkach, o governo russo apenas solicitou aos ucranianos que abaixassem as armas, retirassem as tropas e aprovassem a decisão de não integrar a Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. "É uma rendição que eles estavam solicitando", completou. A primeira rodada de conversas ocorreu na segunda-feira (28) e terminou sem acordo. Há expectativa de novas negociações nesta quarta-feira (2). 

Em meio ao impasse, os representantes ucranianos pressionam por um posicionamento do governo brasileiro em prol do fim do conflito. "Neste momento, não existe neutralidade", afirmou Tkach, em alusão à fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que não tomaria partido. O mandatário ainda descartou a intenção de dialogar com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. 

Na segunda (28), o encarregado de negócios já havia criticado o posicionamento de Bolsonaro, afirmando que ele estava "mal informado" e sugerindo uma conversa com Zelenski para mudar a orientação de neutralidade em relação ao ataque à Ucrânia.

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Apesas das divergências, Tkach agradeceu a ajuda humanitária de brasileiros e disse que a embaixada está recebendo doações. "Estamos trabalhando em várias direções com campanhas para ajudar a Ucrânia a resistir à agressão, ajudar os civis que perderam as casas e que estão sofrendo as consequências da guerra. Pedimos a todos que se juntem aos esforços e ajudem." Detalhes de como contribuir estão disponíveis na página do Facebook da embaixada.

A respeito da possibilidade de vistos humanitários para receber ucranianos no Brasil, Tkach disse que ainda aguarda a oficialização da medida e que ainda não há uma confirmação por parte do Itamaraty. "Algumas pessoas já se interessaram, mas temos que entender que o Brasil está longe da Ucrânia, e, por isso, acredito que não serão muitas pessoas", ponderou. 

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