Entre os objetos, estão
um colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante avaliados em € 3
milhões, o equivalente a R$ 16,5 milhões. As pedrarias foram dadas pelo governo da Arábia Saudita e recebidas pelo ex-ministro de Minas e Energia
Bento Albuquerque durante viagem oficial ao país do Oriente Médio, para a qual
Bolsonaro foi convidado, mas enviou Bento no lugar deles.
Material cedido ao R7
No retorno ao Brasil, as joias
foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque. Ao checar o conteúdo de uma mochila, os fiscais se depararam com a escultura de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros, com as patas quebradas.
Material cedido ao R7
A escultura foi entregue a
Albuquerque em 22 de outubro de 2021, no encerramento da reunião bilateral,
seguida de almoço de trabalho, com o princípe Abdulaziz Bin Salman Bin
Abdulaziz Al Saud, ministro de Energia do Reino da Arábia Saudita.
Material cedido ao R7
Os fiscais ainda encontraram outro objeto na bagagem do ex-assessor de Albuquerque. No Brasil, é obrigatória a declaração ao Fisco de qualquer bem que entre no país cujo valor seja superior a US$ 1 mil. A retirada formal e correta das joias apreendidas pela Receita Federal, neste caso, custaria R$ 12,3 milhões.
Material cedido ao R7
As joias de diamante apreendidas seriam incorporadas ao acervo da Presidência da República, afirmam integrantes do governo do ex-presidente. Eles descartam que os objetos seriam um presente para Michelle Bolsonaro. Albuquerque também afirmou que as joias passariam a compor o acervo do Estado e não seriam entregues à ex-primeira-dama.