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Governadores aliados saem em defesa de Bolsonaro após uso de tornozeleira eletrônica

Ex-presidente terá que usar aparelho para ser monitorado e está proibido de acessar redes sociais

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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PF fez busca e apreensão na casa do ex-presidente Bolsonaro nesta manhã WILTON JUNIOR/ESTADÃO 18/07/2025

Governadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestaram apoio a ele nesta sexta-feira (18) após a ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica. Além disso, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na residência do ex-presidente.

“Bolsonaro sempre esteve à disposição da Justiça e nunca se escondeu. Não dá para tratar um ex-presidente desta forma. A democracia que tanto é gritada nos dias atuais exige que a dignidade e o direito de defesa sejam preservados”, escreveu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ).


Bolsonaro instalou o aparelho na manhã desta sexta após ser alvo de operação da Polícia Federal, autorizada por Moraes. Além de determinar que o ex-presidente use tornozeleira, o ministro aplicou as seguintes medidas cautelares:

  • Recolhimento noturno: das 19h às 6h em dias úteis, e integral aos fins de semana e feriados.
  • Proibição de sair da comarca: Bolsonaro não pode sair de Brasília sem autorização judicial.
  • Proibição de se aproximar de embaixadas e consulados: deve manter distância mínima de 200 metros desses locais.
  • Proibição de contato com autoridades estrangeiras e outros investigados: inclui qualquer tipo de contato, até mesmo por meio de terceiros. Bolsonaro não pode falar, por exemplo, com o filho Eduardo Bolsonaro nem com os réus por tentativa de golpe, como Mauro Cid e Braga Netto.
  • Banimento de redes sociais: Bolsonaro não pode fazer publicações nem utilizar perfis diretamente ou por terceiros.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Governadores aliados de Bolsonaro manifestam apoio após decisão do STF para uso de tornozeleira eletrônica.
  • Medidas cautelares incluem proibição de acesso às redes sociais e mandados de busca pela Polícia Federal.
  • Governador de Minas Gerais classifica a situação como perseguição e abuso de poder.
  • A defesa do ex-presidente reitera que ele sempre cumpriu as determinações judiciais e considera as medidas severas.

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Nas redes sociais, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que o Brasil se tornou um “tribunal de exceção“, classificou a ação como “perseguição” a Bolsonaro e manifestou solidariedade.


“A perseguição contra Jair Bolsonaro chegou hoje a um novo absurdo: impedir um pai de família falar com o próprio filho e censurar as redes sociais dele. Isso não é Justiça. É abuso de poder. Minha solidariedade a toda família Bolsonaro”, afirmou Zema em vídeo.

Cotado para ser o candidato à Presidência em 2026 e ex-ministro do governo Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou o ex-presidente como um homem “corajoso”.


“Ele [Bolsonaro] sabe que estamos e seguiremos ao seu lado. Não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro. Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, escreveu Tarcísio.

Entenda

Depois da operação da PF, a Primeira Turma do STF iniciou julgamento para referendar as ordens de Moraes — já há maioria para manter a decisão do ministro que impôs medidas cautelares ao ex-presidente.


Na decisão, Moraes afirmou que o Bolsonaro “confessa, consciente e voluntária”, a prática de atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira ao condicionar o fim do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, à própria anistia.

“Não há, portanto, qualquer dúvida sobre a materialidade e autoria dos delitos praticados por Jair Bolsonaro, onde pretende, tanto por declarações e publicações, quanto por meio de induzimento, instigação e auxílio - inclusive financeiro a Eduardo Bolsonaro, o espúrio [ilegitimo] término da análise de sua responsabilidade penal, seja por meio de uma inexistente possibilidade de arquivamento sumário, seja pela aprovação de uma inconstitucional anistia”, disse Moraes.

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Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição de medidas cautelares “severas” contra ele.

Segundo os advogados, Bolsonaro sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.

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