O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu nesta segunda-feira (7) ajuda popular para aprovar no Congresso Nacional a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês. A expectativa do governo federal é que a medida, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, valha já para 2026 — embora não haja data para análise do Legislativo. O projeto de lei com a iniciativa foi enviado aos parlamentares pelo Executivo em 18 de março.“Peço a atenção de vocês e apoio, se vocês concordarem. Atenção ao seu deputado, ao seu senador, muita atenção nas votações que vão acontecer no Congresso Nacional, que é assim que se constrói um país. A grandeza do Brasil depende de justiça. Vamos buscar justiça social e tributária, para ter um país melhor”, declarou Haddad.Em março, o governo Lula apresentou a proposta de isentar do IR quem ganha até R$ 5.000 por mês. A medida deve beneficiar cerca de 10 milhões de pessoas, a partir de 1º de janeiro de 2026, caso seja aprovada pelos parlamentares. Atualmente, a faixa de isenção é de R$ 2.259,20. Além disso, quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.000 vai contar com um desconto parcial para pagamento do tributo.O governo afirma que o projeto é neutro, sem ganho de tributo para a União. Para bancar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000, a gestão quer cobrar o imposto dos ricos do país. São 141 mil contribuintes (0,13% do total) que passarão a contribuir pelo patamar mínimo. Esse grupo é composto por aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano e não contribuem com a alíquota efetiva de até 10%.O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criou, na última esta sexta-feira (4), três comissões especiais para analisar projetos de lei que tramitam na Casa. Um dos colegiados analisará o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda. Cada comissão terá 33 membros titulares e igual número de suplentes. O prazo de funcionamento depende do presidente de cada colegiado. Após a criação das comissões, os líderes partidários iniciam as indicações dos membros de acordo com a proporcionalidade de cada partido. Então os colegiados poderão ser instalados e devem eleger um presidente e vice-presidente. Depois, o presidente designa um relator.No caso da comissão do IR, Motta informou que o presidente será o deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) e o relator, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL)Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp