O governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou, na manhã desta terça-feira (15), a proposta de reajuste salarial de 10% para as forças de segurança do Distrito Federal. Durante solenidade marcada pela presença em massa de policiais civis, militares e bombeiros no Palácio do Buriti, o chefe do Executivo confirmou o envio da recomposição para o governo federal.
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"O reajuste que está sendo proposto cabe dentro do nosso orçamento deste ano e do próximo", garantiu Ibaneis. O governador disse ainda que pretende atender outras reivindicações da categoria.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, a medida vai gerar um impacto de R$ 800 milhões aos cofres públicos.
Para ser implementado, esse reajuste precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro por meio de medida provisória. Isso porque o pagamento para forças de segurança terá o respado do Fundo Constitucional do DF, que é mantido pela União com recursos federais.
"Queremos contar com a ajuda da ministra Flávia (Arruda) e do ministro Anderson (Torres) para que isso seja reconhecido", ressaltou o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB).
Nessa missão, o governo local contará ainda com o apoio da bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados. Celina Leão (PL) e Luís Miranda (DEM-DF), que estavam presentes na cerimônia, devem pressionar pela implementação da proposta. "Não é um aumento, a inflação engoliu o salário da segurança pública", ponderou Miranda.
Em fevereiro, os policiais civis fizeram uma paralisação em protesto por reajuste salarial. A categoria pressionou o governador Ibaneis Rocha (MDB) para que encaminhe ao Governo Federal uma proposta de recomposição salarial que tivesse paridade com a PF (Polícia Federal). Ainda no mês passado, o governo sancionou o auxílio uniforme e o bônus no vale-alimentação dos policiais.
Plano de Saúde
Outra reivindicação da categoria foi a inclusão dos policiais civis no GDF Saúde. No evento, o presidente do Inas (Instituto de Assistência à Saúde), Ney Ferraz anunciou o plano de saúde para esses servidores.
"Com a adesão da Polícia Civil, chegaremos a 150 mil vidas protegidas", afirmou Ferraz. Em janeiro, o presidente Bolsonaro teve de promulgar o dispositivo que assegurou o benefício à categoria. A medida havia sido vetada por ele, mas a Câmara dos Deputados derrubou o veto.
O Inas também vai passar a oferecer o plano de saúde de alcance nacional para todos os servidores que aderiram ao GDF Saúde. Ainda foi lançado um plano distrital, voltado para os servidores com remuneração de até 5 salários mínimos. Esses servidores pagarão metade do valor atual já praticado pelo Inas.
"Cerca de 26 mil servidores com essa remuneração ainda não tinham aderido ao plano de saúde, possivelmente por achar caro", ponderou Ferraz. Ele reforçou que o plano distrital tem cobertura no perímetro do DF.