Ibaneis recua e desiste de passar gestão do Instituto de Cardiologia para Iges
Medida recebeu críticas do Ministério Público de Contas e também de deputados da base e oposição
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, recuou com o projeto de lei que passava a gestão do Instituto de Cardiologia e Transplantes para o Iges-DF. A medida recebeu críticas de deputados da oposição e da base do governo. A iniciativa teve posicionamento contrário do Ministério Público de Contas, que disse na última semana que o PL não atendia a requisitos essenciais, como detalhamento dos gastos e ganhos da transferência.
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O anúncio da medida foi feito por Ibaneis na manhã desta quarta-feira (24). O governador declarou que já conversou com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, para um chamamento público. “O Wellington (presidente da Câmara Legislativa do DF) disse que o projeto não agradou os deputados e já determinamos a retirada do projeto. Vamos encontrar uma nova solução para termos o Instituto de Cardiologia funcionando. A Lucilene (secretária de Saúde) vai fazer um chamamento público para uma fundação assumir esse trabalho que é tão importante para toda a cidade.”
O órgão avaliou que os processos que deram a gestão do Hospital de Base e das UPAs ao Iges não demonstraram “vantagem” no modelo “inicialmente projetado e executado”.
Segundo o Ministério Público de Contas, mesmo em um cenário em que dois órgãos técnicos se manifestaram a respeito, o GDF parte para uma nova expansão do Iges “sem que sejam oferecidos elementos mínimos que possam justificá-la, sob o ponto de vista da economicidade e da legitimidade da despesa pública”. “O que não pode ser considerado, sob nenhum aspecto, razoável.”