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Ibaneis Rocha reconhece 3ª onda, mas descarta restrições no DF

Com aumento dos contágios por Covid-19, cresceu demanda por Unidades de Terapia Intensiva

Brasília|Jéssica Moura, para o R7, em Brasília

Ibaneis Rocha reconheceu que Distrito Federal enfrenta terceira onda de Covid-19
Ibaneis Rocha reconheceu que Distrito Federal enfrenta terceira onda de Covid-19 Ibaneis Rocha reconheceu que Distrito Federal enfrenta terceira onda de Covid-19

No primeiro evento público da agenda oficial do ano, o governador Ibaneis Rocha reconheceu que o Distrito Federal enfrenta uma terceira onda de contágios pela Covid-19. Contudo, ele descartou a implementação de mais medidas de restrição da circulação de pessoas.

"Sem previsão de restrição, as coisas estão caminhando bem, nós vamos sair dessa situação. Hoje mesmo já tivemos uma redução nos índices de transmissão. A gente espera que eles voltem a cair a partir da próxima semana", afirmou Ibaneis, na inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vicente Pires nesta terça-feira (25).

Pela manhã, a taxa de ocupação do leitos públicos de UTI Covid-19 chegou aos 100% de lotação. Todos os 58 leitos disponíveis estavam cheios e 25, bloqueados. Ao longo do dia, mais 45 vagas foram mobilizadas. Assim, o total de leitos saltou de 83 para 128. Com isso, o índice de ocupação também caiu e foi a 86,41%. Nesse cenário, 89 pacientes estão internados e, agora, há 14 leitos vagos.

"Estamos abrindo novos leitos, vamos dar conta de segurar a saúde de todo o Distrito Federal", assegurou o governador. Há duas semanas, a secretaria da Saúde anunciou um plano de mobilização de leitos estruturado em sete etapas, que seriam ativadas conforme a necessidade.

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"Estamos ingressando todos os dias com 10 leitos na rede pública que vem dando para a gente o suporte necessário para atender a população", destacou Ibaneis. "Há dois meses estava reunido com o general [Manoel Pafiadache] para mobilizar as cirurgias eletivas. Hoje estamos tendo que remobilizar os leitos para atender as pessoas que estão com Covid", pontuou.

"Chegamos a terceira onda da pandemia. Ninguém aguenta mais isso. Ver a quantidade de problemas de pessoas internadas, pergunto a Deus porque estamos passando por tanta provação".

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A pandemia de Covid-19 está em rápida aceleração no DF. Na segunda, foram registrados 6.976 novos diagnósticos (quem incluem as infecções do fim de semana), o que elevou a quantidade de casos ativos a 32.131; 4 mortes foram notificadas.

Um grupo de pesquisadores de universidades federais divulgou uma nota técnica na semana passada em que projetam o pico de contágios nas próximas duas semanas, quando os óbitos podem subir até 15 vezes.

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Vacinação infantil

Nessa segunda, o estoque das doses pediátricas da vacina da Pfizer acabaram na Rede de Frios do DF e restavam apenas as doses que já tinham sido distribuídas aos postos de saúde. Com isso, a secretaria de Saúde decidiu priorizar esses imunizantes que sobraram para as crianças de 5 a 11 anos imunossuprimidas e aquelas com 5 anos com comorbidades ou deficiência. Segundo a pasta, quando essas doses acabarem de vez, as crianças terão de esperar a entrega de novas remessas.

"Temos no estoque 540 mil doses da Coronavac. Conforme o governo for entregando Pfizer, nós vamos colocando Pifzer. Só quem dá a previsão (de entrega) é o Ministério da Saúde, eu não tenho acesso a esses cálculos", assinalou Ibaneis. Enquanto não há previsão para a distribuição de novos lotes, a Coronavac é aplicada em crianças a partir dos 6 anos, mas não é indicada para imunossuprimidos.

Nova UPA

As declarações de Ibaneis foram feitas durante o evento de inauguração da UPA de Vicente Pires. O prédio está situado na rua 10 da região e entra em funcionamento às 14h desta terça-feira. A unidade tem capacidade de atender 4,5 mil pacientes por mês. Ao todo, R$ 7 milhões foram investidos no mobiliário, equipamentos e estrutura.

A UPA, que opera 24h, vai oferecer exames laboratoriais de urgência, eletrocardiograma e Raio-X, além de realizar atendimentos de urgência e emergência como infartos e derrames.

A unidade é administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Na semana passada, o diretor-presidente do órgão, Gislei Moraes, pediu exoneração do cargo. Ele foi o terceiro gestor do Iges em um ano. Enquanto um novo nome não é indicado à vaga, Marila Sousa atua como presidente substituta.

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