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R7 Brasília

Incêndio na Floresta Nacional pode ter sido criminoso, diz Corpo de Bombeiros do DF

Fogo que atinge a Floresta Nacional de Brasília completa mais de 24 horas; pelo menos 100 pessoas trabalham no combate às chamas

Brasília|Giuliano Cartaxo, da RECORD


Combate ao fogo já dura mais de 24 horas Reprodução / RECORD

O CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) trabalham com a hpótese de o incêndio que consome a Flona (Floresta Nacional de Brasília) tenha sido criminoso. Segundo o major Godoy, do CBMDF e coordenador das operações de combate ao fogo na Flona, tudo indica para essa possibilidade. “Chacareiros relataram aos militares que viram três homens circulando na área onde a queimada começou. Além disso, há outros indícios que nos direcionam para essa linha”, afirma o militar.

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“Normalmente, os incêndios florestais começam em um único ponto e avançam em linha. No caso da Flona, foram três ou quatro focos, em pontos diferentes e ao mesmo tempo. Isso indica ação humana,” acrescenta o major.

O combate ao incêndio que atinge a Floresta Nacional, em Brasília, já completa mais de 24 horas. Pelo menos 100 militares do Corpo de Bombeiros do DF, brigadistas do ICMBio, Instituto Brasília Ambiental e voluntários trabalham para conter as chamas, que já consumiram uma área de mais de 1.200 hectares, o equivalente a quase um terço da floresta.

O chefe da Floresta Nacional, Fábio Miranda, explicou que, nesta quarta-feira (4), os esforços das equipes estarão concentrados na segurança das casas próximas à mata e na proteção dos mananciais existentes dentro da área de reserva. “Esses mananciais são importantíssimos para a manutenção da vida, não só aqui na Flona, mas em vários outros ecossistemas próximos. Até agora, não recebemos informações de animais queimados. Mas estamos trabalhando também com equipes do Zoo de Brasília, que estão acompanhando os brigadistas e, caso encontrem algo, estarão prontos para agir.”


Miranda também alertou para os impactos de um incêndio como esse para o Cerrado. “Foram décadas, centenas de anos para que a fauna e a flora do bioma atingissem as condições que temos hoje. Mas bastam algumas horas para que o fogo destrua tudo. A Flona vai se recuperar! Ela sempre se recupera! Mas o processo é muito lento”, diz.

Período de seca

O Distrito Federal já está há 134 dias sem chuvas, uma das mais longas estiagens registradas no Planalto Central. A umidade relativa do ar também segue baixa, registrando 7% na tarde de terça-feira (3), a menor média desde o início da medição, em 1996.

Também na terça-feira foram registrados 115 focos de incêndio em diferentes pontos do DF. Ao todo, a área de Cerrado queimada este ano já ultrapassa os 13 mil hectares, quase o dobro do registrado em 2023, quando sete mil hectares de mata foram consumidos pelo fogo.

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