'Judiciário precisa ser mais firme nas punições', diz Celina após 2º feminicídio do ano
Principal suspeito era companheiro da vítima e pelo menos dez registros de violência doméstica foram registrados contra ele
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
A governadora em exercício, Celina Leão (PP), disse nesta segunda-feira (15) que o Judiciário precisa ser mais "firme nas punições e mais firme nas penas" ao comentar o segundo caso de feminicídio do ano no Distrito Federal. Uma mulher de 37 anos foi encontrada morta com sinais de estrangulamento dentro da própria casa nesta manhã em Ceilândia. Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito é o companheiro da vítima e pelo menos dez registros de violência doméstica foram registrados contra ele pela mulher.
"O GDF não tem capacidade jurídica para prender ninguém. Nós podemos trabalhar na prevenção e depois na detenção. Com sentença, só o Judiciário pode fazer", afirmou a governadora.
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Segundo informações preliminares dos policiais, o suspeito teria ligado para o Corpo de Bombeiros e solicitado socorro para um suposto caso de queda, logo após cometer o crime. Os militares informaram que a vítima foi encontrada morta, caída no chão do banheiro e com lesões no rosto e no pescoço.
À RECORD, a delegada Letizia Lourenço afirmou que vizinhos chegaram a escutar gritos de socorro da vítima durante a madrugada, mas ninguém acionou a polícia. Celina afirma que ficou "estarrecida" ao ser informada.
"Se você aciona a polícia para reclamar de barulho que te incomoda e você escuta uma mulher gritando, você é incapaz de ligar para polícia?", questiona. Segundo ela, o combate à violência contra a mulher é "um trabalho de todos".
Primeiro caso do ano
Uma mulher de 26 anos foi morta a tiros na tarde da última quarta-feira (10) na região do Gama. Tainara Kellen Mesquita da Silva foi morta pelo ex-marido, Wesly Denny da Silva Melo. Ele foi preso pela Polícia Miliar de Goiás em Santa Maria (DF) no dia seguinte e confessou o crime.
Tainara foi morta a tiros enquanto trabalhava no Gama. Wesly tinha onze passagens na polícia e é CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). A polícia encontrou armas e munições na casa dele.